Os preços do milho continuaram em queda na maior parte das áreas monitoradas pelo Cepea. Em Campinas (SP), os preços atingiram mínimas diárias consecutivas desde o final de março. O clima favorável tem ajudado a safra brasileira de milho.
De acordo com pesquisadores do Cepea, os preços são geralmente mais firmes nesta época do ano devido aos estoques mais baixos no primeiro semestre e problemas logísticos devido à priorização de entregas de soja. No entanto, os vendedores brasileiros têm atuado neste ano dispostos a negociar lotes para a safra de verão e fechar contratos para o segundo semestre.
Os compradores, por sua vez, adiam as aquisições à espera de novas desvalorizações do cereal, fundamentados na possível colheita recorde na segunda safra deste ano – atualmente, a produção é estimada pela Conab em 95,32 milhões de toneladas, 11% a mais que em 2022.
Milho sobe na bolsa de Chicago
O indicador ESALQ/BM&FBovespa já vinha registrando queda diária consecutiva em todo mês de abril. Na bolsa brasileira B3, o movimento na última sexta-feira, 5, também foi de retração. Os futuros de milho para maio caíram 2,45% no dia, para R$ 61,01 por saca de 60 quilos, enquanto o contrato para julho teve queda de 0,06%, indo a R$ 61,76 por saca.
Já os grãos negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram a semana em alta, com menos expectativas sobre a renovação de um acordo negociado pela ONU que permite exportações seguras de grãos ucranianos do Mar Negro. Ucrânia, Rússia, Turquia e as Nações Unidas não conseguiram chegar a um acordo para autorizar quaisquer novas embarcações a realizar exportações de grãos do Mar Negro na sexta-feira, 5, segundo o vice-porta-voz da ONU, Farhan Haq à Reuters.
Os contratos futuros de milho mais ativos na CBOT tiveram seus primeiros ganhos semanais em três semanas, saindo de mínimas de nove meses. Assim, o milho terminou a sessão com ganho de 7,5 centavos de dólar, indo a US$ 5,965 por bushel. Na semana, ele subiu 2,1% após cair para o menor nível desde 25 de julho de 2022, na quarta-feira.