As chuvas devem continuar pelo Brasil nos próximos dias, porém nem tão volumosas como em março na maioria das regiões produtoras. De acordo com análise do banco Itaú BBA, as chuvas de março foram satisfatórias na maior parte das regiões produtoras, favorecendo os cultivos de verão nas áreas mais tardias, mas dificultando um pouco a colheita onde ainda não havia ocorrido. Essa condição também favoreceu o desenvolvimento da safrinha de milho e algodão no MT, elevando as expectativas de boa produtividade, mas mesmo chovendo os volumes foram abaixo da média histórica.
De acordo com os analistas do banco, no Oeste da BA e na parte sul do PI os volumes de chuvas foram menores, assim como na maior parte de MG, onde causou atraso no desenvolvimento da safrinha em algumas áreas, embora a condição tenha sido positiva para a colheita dos grãos.
Já na Região Sul, as chuvas foram acima da média, especialmente na faixa oeste, parte que mais sofreu com a seca desde o ano passado, mas as precipitações vieram atrasadas para evitar as perdas de produtividade ocorridas nos cultivos de verão. Porém, foram benéficas para as pastagens e para a recuperação da umidade no solo, além dos reservatórios e rios, importantes para a irrigação do arroz.
“Para os próximos dias, a previsão indica chuvas não muito volumosas, mas presentes na maior do país, com exceção de grande parte do estado de SP, Sudoeste de GO e Centro e Sul do RS. Os volumes previstos de chuvas também serão menores para o MT e ao norte do MS, mas no Oeste da BA a situação ficará mais favorável”, disseram os analistas.
Já a partir da próxima semana, entre os dias 19 e 25/abril o mapa está indicando ausência de chuvas para toda a Região Sudeste, GO, quase todo o MT, BA e PI.
Para o norte do TO e o MA há previsão de chuvas razoáveis. Com estas previsões, de pouca chuva para o MT até perto do final do mês e vindo de março com chuvas abaixo da média na região, é importante monitorar se essa condição de fato prevalecerá, já que maio é, geralmente, um período de redução mais significativa das chuvas, o que pode impactar a safrinha caso a seca se instale mais cedo. Mas vale destacar que até aqui, o desenvolvimento tem sido satisfatório.