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Coamo deve aprovar investimento em usina de etanol de milho no Paraná

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A Coamo Agroindustrial, maior cooperativa agrícola do Brasil, deverá levar para aprovação em assembleia de cooperados no próximo dia 13 o projeto da primeira usina de etanol exclusivamente de milho do Paraná, disse o presidente-executivo Airton Galinari, em entrevista à Reuters nesta terça-feira, 5.

A usina da Coamo poderia produzir, anualmente, 258 milhões de litros de etanol e 180 mil toneladas do coproduto do processamento DDG (do inglês, grãos secos de destilaria), usado na fabricação de ração.

A usina de etanol de milho da Coamo poderia industrializar cerca de 20% do cereal recebido pela cooperativa, colaborando para agregar valor aos cooperados, destacou o executivo.

“A gente sempre busca a melhor remuneração para remunerar melhor o milho do cooperado. O objetivo da verticalização é sempre agregar valor ao produto básico”, afirmou Galinari, acrescentando que o valor do investimento será divulgado durante a assembleia na próxima semana.

“Vamos ter a assembleia para aprovação dos investimentos do triênio 2024 a 2026 no dia 13 de dezembro, e estes investimentos vão contemplar, se aprovados, uma indústria de etanol de milho”, disse.

A Coamo, com sede em Campo Mourão (PR) e atuação em Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, deve fechar 2023 com receita entre R$ 30 bilhões e R$ 31 bilhões, aumento de mais de 10% ante 2022, segundo o presidente, que lembrou que no ano passado os resultados sofreram impacto da quebra de safra.

Na safra de soja 2023/24, que será colhida em 2024, a Coamo lida com alguns problemas climáticos, como excesso de chuvas e falta delas para plantio em algumas áreas. Mas lavouras estão “boas” de forma geral, afirmou ele.

“Algumas regiões estão um pouco atrasadas, outras estão excelentes; a região oeste do Paraná está excelente. Em Mato Grosso do Sul, algumas regiões sentiram a falta de chuvas, teve um pouco de atraso, em áreas pequenas tiveram replantios, mas voltou a chover bem e a soja tem recuperado bem”, disse ele.

“A expectativa é de uma safra boa. Talvez o que se tenha seja uma redução de área de milho em função do atraso que teve (na soja), mas é um pouco cedo para cravar, há uma expectativa de que haja uma pequena redução na área de plantio de milho segunda safra”, acrescentou.

Assim, neste momento, ele prevê que a safra de grãos 2023/24 da Coamo deve ter uma estabilidade ante ciclo anterior (2022/23), que foi recorde.

Com grande volume colhido na temporada 2022/23, a Coamo está ampliando as exportações neste ano.

Os embarques para o exterior de grãos, farelos e alguns volumes óleo da Coamo até o momento em 2023 somam 4,3 milhões de toneladas, mais que o dobro de 2022, quando safra de soja sofreu com seca.

Galinari destacou que a Coamo ampliou as exportações de grãos para seis portos em 2023 para lidar com gargalos logísticos em Paranaguá, o importante porto do Paraná cuja capacidade tem crescido menos que a safra.

A Coamo, acrescentou ele, deve fechar 2023 com recebimentos de cerca de 6 milhões de toneladas de soja, quase o dobro das 3,3 milhões de 2022, quando a safra quebrou.

Os recebimentos de milho da Coamo estão estimados em 3,34 milhões de toneladas em 2023, volume próximo do registrado em 2022. No trigo, a cooperativa deve receber 730 mil toneladas neste ano, versus cerca de 600 mil no ano passado, diz presidente.

Reuters/Roberto Samora
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