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Colheita de alta performance da São Martinho vai além da colhedora de duas linhas

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Ter uma colheita de alta performance é uma das prioridades da São Martinho, hoje um dos mais importantes grupos sucroenergéticos do Brasil, com capacidade para moer 24 milhões de toneladas de cana em suas quatro unidades de produção localizadas no Centro-Sul do país.

Com os custos da área agrícola correspondendo a aproximadamente 75% do total dos custos da companhia, sendo 40% referentes a operação de colheita de cana-de-açúcar, a busca por eficiência e excelência em colheita mecanizada é mandatório.

“Com a ambição de produzir carbono renovável de menor custo do mundo, temos que ter eficiência operacional. E para ter eficiência na colheita não temos a menor dúvida de que dependemos de três pilares: gestão, foco em pessoas e uso de tecnologias de conectividade e sensoriamento”, afirmou Luís Gustavo Teixeira, diretor Agrícola e de Tecnologia da São Martinho, durante sua apresentação do evento Abertura de safra da Datagro.

Ainda de acordo com ele, a operação de colheita para a companhia não é só importante como decisiva para os resultados, visto que é parte muito relevante dos custos da companhia.

“Ter uma colheita de alta performance não é só ter bons números em tonelada/máquina/dia, mas uma combinação de fatores. A colheita pode ser um indicador que resume a eficiência agrícola de uma agroindústria, porque é importante e fundamental que tenhamos altas produtividades agronômicas, mas só isso não garante uma alta performance de colheita”, disse.

Além de fazer cobertura de solo e uso de Meiosi, um dos focos da companhia é ter uma boa sistematização com técnicas de conservação de solo e água. De acordo com o diretor Agrícola e de Tecnologia da São Martinho, uma boa sistematização garante alto desempenho de colheita, ganhos operacionais, redução do número de manobras, ganho de produção e aumento de áreas de cana.

“Tecnologias que podem ser antigas viraram pré-requisitos para o aumento de produtividade da companhia. Sistematização de solo, por exemplo, a companhia tem feito de forma intensiva e técnica. Temos visão clara de que uma sistematização muito boa possibilita alto desempenho de colheita”, disse.

O nivelamento do solo também foi apontado como decisivo na qualidade da colheita e para redução de perdas. O uso mais intensivo de piloto automático, que a companhia iniciou em 2007 e que vem permitindo um paralelismo pleno, também é um dos fatores apontados como essenciais para a colheita de alta performance.

“A manutenção, com um plano bem estabelecido, que traga disponibilidade e confiabilidade, permite fazer da colheita uma ferramenta para a produtividade agrícola. Além disso, o monitoramento da operação, iniciado em 2018, com 4G e transmissão em tempo real de dados em todas as fazendas da companhia, ajudou na qualidade e desempenho da colheita. Os nossos COAs trabalham de forma intensa no controle e monitoramento das operações fazendo com que tenhamos maiores resultados das tecnologias já implantadas” disse Teixeira.

Colhedoras de duas linhas é grande aliada

Dentro da colheita de alta performance da companhia está também o uso de colhedora de duas linhas, que a São Marinho iniciou a implementação em maior escala a partir de 2015.

“Não temos dúvida de que a colheita de duas linhas não só é o futuro, como já e o presente para garantir alta performance da colheita.”

Ele aponta que levou a companhia a adoção foram os ganhos agronômicos da colhedora de duas linhas observadas pela companhia são a qualidade do corte, redução do arranquio de soqueiras, diminuição do tráfego nos canaviais, formação do canteirão, maiores longevidades dos canaviais e produtividade.

Em ganhos operacionais, a companhia tem observado maior tonelada/máquina/dia, redução em manobras em 50%, menor consumo de combustível, redução de emissão de GEES (Gases de Efeito Estufa), redução da estrutura de colheita e menor custo operacional.

Como benefício adicional do uso destas colhedoras, o diretor Agrícola e de Tecnologia da São Martinho apontou ainda uma maior estabilidade da colheita nas áreas mais declivosas. No entanto, explicou que, para o uso desta tecnologia é essencial que se tenha uma boa sistematização, nivelamento de solo, uso do piloto automático na plenitude, manutenção com confiabilidade e disponibilidade e capacitação operacional.

“Quando começamos esse projeto das máquinas de duas linhas muitas perguntas a gente precisava responder. A colhedora de duas linhas colhe todas as cana? E as perdas? Em um canavial enfrentamos, de 190 t/ha, respondemos sim para as duas perguntas. Só que isso tudo só é possível com tecnologia associada a pessoas e gestão”, concluiu.

Natália Cherubin para RPAnews

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