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Com BNDES, São Martinho investe R$ 1,18 bilhão na segunda fase de unidade de etanol de milho em Goiás

Com muita liquidez no caixa, São Martinho terá safra tranquila
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Investimento total em unidade de etanol de milho foi calculado em R$ 1,18 bilhão

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 625 milhões para a implantação da segunda fase da unidade de etanol de milho da São Martinho em Quirinópolis (GO). O investimento total no projeto é estimado em R$ 1,18 bilhão e ampliará a capacidade de produção da planta anexa à Usina Boa Vista.

O aporte será financiado pelo BNDES e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), sendo R$ 500 milhões provenientes do Fundo Clima, R$ 125 milhões via linha Finem do banco de fomento e R$ 102,8 milhões da Finep. Os recursos públicos representam cerca de 53% do total, enquanto os R$ 452,2 milhões restantes virão do caixa da própria companhia.

Segundo o BNDES, 34,1% do valor do projeto será destinado à compra de equipamentos nacionais, fortalecendo a cadeia de fornecedores da indústria brasileira. O percentual, porém, poderá sofrer ajustes conforme o andamento das obras e eventuais mudanças contratuais. O banco também projeta que a nova planta contribuirá para o aumento das exportações de etanol, ajudando no superávit do setor e na geração de divisas para o país.

A expansão permitirá à unidade processar 635 mil toneladas adicionais de milho por ano e produzir 270 milhões de litros de etanol, com flexibilidade para priorizar anidro ou hidratado conforme as condições de mercado. Estima-se ainda a produção anual de cerca de 13 mil toneladas de óleo de milho e 170 mil toneladas de grãos de destilaria com solúveis (DDGS), utilizados na fabricação de ração animal.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou que a iniciativa está alinhada à Nova Indústria Brasil, estratégia do governo federal para modernizar e tornar a indústria nacional mais competitiva até 2033. “Estamos fortalecendo cadeias produtivas estratégicas, promovendo a descarbonização e contribuindo para um modelo industrial de baixo carbono, com geração de emprego e inovação tecnológica”, disse.

Para o diretor financeiro e de relações com investidores da São Martinho, Felipe Vicchiato, a nova planta se destacará pela eficiência energética, com um dos menores consumos de vapor por tonelada de moagem do setor, eliminando a necessidade de compra externa de biomassa. Ele destacou ainda que o projeto deverá gerar cerca de mil empregos durante a construção e contratar aproximadamente 110 profissionais qualificados para a operação.

“Este investimento reafirma nossa confiança no potencial do agronegócio brasileiro, estimulando seu desenvolvimento, com geração de empregos, compra regional de matéria-prima e venda de produtos competitivos. Também fortalece a matriz energética nacional, ampliando a oferta de energia limpa e reduzindo a dependência de derivados de petróleo”, afirmou.

A Usina Boa Vista já possui uma planta de etanol de milho, também financiada pelo BNDES, inaugurada na safra 2023/24, além de uma unidade de etanol de cana-de-açúcar em operação desde 2008.

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