A Savana Holding, em parceria com a multinacional finlandesa Wärtsilä, anunciou na sexta-feira, 19, a implementação de um projeto térmico inovador que usará o etanol como combustível principal. De acordo com a empresa, esse projeto, que é operado pela Suape Energia, marca um passo significativo na matriz energética do país.
O investimento inicial é de R$ 60 milhões, com uma capacidade instalada de 4 MW, utilizando o primeiro motogerador a etanol de médio porte no mundo.
Após os testes técnicos confirmarem a performance e confiabilidade do referido motogerador, a Savana Holding pretende ampliar esse projeto em uma escala bem maior. A ideia é que essa ampliação futuramente chegue, no mínimo, a 600 MW de capacidade instalada o que será suficiente para abastecer mais de 2 milhões de famílias.
A energia gerada será conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), contribuindo diretamente para a segurança energética e beneficiando cidades vizinhas. O projeto conta com a participação de 80% da Savana Holding e 20% da Petrobras no financiamento do motor. A Wärtsilä doou metade dos equipamentos, enquanto a Suape II cobriu a outra metade e os custos de serviços e compras locais.
“Este projeto coloca o Brasil na vanguarda global da transição energética. Ao usar o etanol, um combustível com uma cadeia logística já robusta, demonstramos que os biocombustíveis líquidos podem ter um papel estratégico na geração de energia elétrica. É uma iniciativa que combina inovação, sustentabilidade e desenvolvimento econômico nacional”, afirma o vice-presidente da Savana Holding, Carlos Mansur.
Sustentabilidade e impacto ambiental
A usina termelétrica a etanol representa uma solução sustentável para a produção de energia, com o potencial de reduzir em até 90% as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em comparação ao diesel, ao longo de seu ciclo de vida.
Além disso, as emissões de NOx e material particulado também são significativamente menores. Por conta disso, a companhia afirma que o avanço se alinha às metas climáticas do Brasil para 2035 (COP29), que visam reduzir de 59% a 67% as emissões de GEE em relação a 2005.
“Este é um passo fundamental para provar a competitividade do etanol em relação aos combustíveis fósseis. O projeto em Suape reforça o papel do Brasil como protagonista global em soluções inovadoras para a transição energética, unindo eficiência técnica, viabilidade econômica e impacto ambiental positivo”, conclui o CTO da Suape Energia, José Faustino.
Portal Terra