Com produção abaixo do esperado na Ásia e a espera do mercado sobre como a safra canavieira brasileira vai aliviar o aperto de oferta, fez com que os contratos futuros de açúcar bruto negociados na ICE subissem nesta segunda-feira, 22.
O contrato de açúcar bruto com vencimento em julho subiu 0,21 centavo de dólar, ou 0,8%, para 25,82 centavos de dólar por libra-peso. A Organização Internacional do Açúcar (ISO,na sigla em inglês) anunciou uma redução acentuada em sua projeção de superávit global de oferta de açúcar em 2022/23 (outubro a setembro), para 852 mil toneladas. Em fevereiro, a perspectiva era de 4,15 milhões de toneladas.
O corte foi parcialmente impulsionado por revisões para baixo na produção na Índia (de 34,3 milhões de toneladas para 32,8 milhões de toneladas) e Tailândia (de 12,3 milhões para 11 milhões), embora a ISO tenha dito que o foco agora mudou para o maior exportador global, o Brasil.
De acordo com a ISO, a partir de maio, serão as matérias-primas brasileiras que cobrirão a maior parte da demanda global de importações. A disponibilidade será inquestionável, enquanto a demanda de importações e os padrões de consumo são mais propensos a revisão para baixo, dada a inflação de preços”, disse a ISO.
Por sua vez, o açúcar branco com vencimento em agosto subiu 0,1%, indo para US$ 711 por tonelada.
Preço médio teve alta em SP
Já no mercado interno, o Indicador do açúcar cristal branco CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, voltou a subir no mercado paulista na última semana. De 15 a 19 de maio, a média do Indicador foi de R$ 149,13/saca de 50 kg, alta de 0,29% em relação à da semana anterior.
De acordo com colaboradores do Cepea, usinas continuam priorizando a entrega do açúcar já contratado, tanto para o mercado interno quanto para o externo, e há poucos lotes do cristal Icumsa até 180 disponíveis para venda à pronta entrega, sustentando os valores. A paridade da exportação também tem dado apoio para o aumento dos preços do cristal no mercado interno.
Com informações do Cepea e Reuters