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Da cana à cachaça: Sudeste lidera produção e exportação

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A região Sudeste foi responsável por 64,54% (US$ 8.504.525,00) do valor de Cachaça exportada em 2021 pelo Brasil (US$ 13.178.061,00), e por 52,40% (3.784.006 litros) no volume total exportado pelo país (7.221.219 litros).

Nesta região estão instalados 656 produtores de Cachaça –  68,7% dos produtores brasileiros devidamente registrados no MAPA – dos quais 397 produtores em Minas Gerais, 128 em São Paulo, 67 no Espírito Santo, e 64 no Rio de Janeiro.

Minas Gerais é o estado com mais estabelecimentos produtores da região. Já São Paulo, o de maior produção. Do total em valor exportado pela região Sudeste em 2021, São Paulo correspondeu a 46,23%, Minas Gerais a 8,23%, Rio de Janeiro a 9,91% e Espírito Santo a 0,17%.

Em termos de volume, também considerando o total exportado pela região Sudeste em 2021, São Paulo correspondeu a 43,6%, Minas Gerais a 3,45%, Rio de Janeiro a 5,25% e Espírito Santo a 0,04%.

Pensando neste mercado o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), criou o PEIEX Agro Cachaça em parceria com o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), entidade nacional representativa do setor.

O intuito é preparar empresas do setor da Cachaça até 2023 para o processo de exportação de forma planejada e segura. Este é o terceiro núcleo de capacitação especializado em exportação de Cachaça. O primeiro foi anunciado em dezembro de 2021 para atender a região Nordeste. Já o segundo, na última quinta-feira (31), para atender a região sul.

Na região Sudeste, a iniciativa vai atender 25 empresas e será destinada a produtores de Cachaça dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A execução das atividades será realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O núcleo integra o PEIEX de Belo Horizonte, com polos em Juiz de Fora e Montes Claros, que irá atender também empresas de outros setores.

“A capacitação trará um conhecimento mais direcionado sobre os hábitos de consumo de cada país. Seremos mais assertivos para buscar novos mercados, que importam pouco a Cachaça, para não exportar apenas para os mercados tradicionais”, destaca Gilberto Pereira, sócio-diretor da Cachaça Sagrada (Bom Jesus do Amparo/MG). O produtor, que será um dos primeiros participantes do Núcleo do Sudeste, planeja começar a exportar ainda esse ano para países da Europa e da América do Norte.

Ampliando a base exportadora

De acordo com Carlos Lima, diretor executivo do Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), o PEIEX Agro Cachaça vai ajudar o setor a vencer entraves para a inserção de empresas, principalmente micro e pequenas, no mercado internacional. Entre eles, a falta de informações sobre exigências internacionais e a baixa capacitação.

Ainda segundo Lima, a iniciativa integra a estratégia de promoção da Cachaça no mercado externo nos esforços do Projeto Setorial de Promoção às Exportações de Cachaça – Cachaça: Taste The New, Taste Brasil, desenvolvida pelo IBRAC, em parceria com a Apex-Brasil. O Projeto, que apoia 50 empresas brasileiras atualmente, engloba um conjunto de ações para aumentar a base exportadora de Cachaça, ampliar as exportações, e consolidar seu reconhecimento como um destilado genuinamente brasileiro e de qualidade internacionalmente competitiva.

Para Ulisses Medeiros, analista da Apex-Brasil e gestor do convênio com a Fiemg para a realização do Núcleo do PEIEX de Belo Horizonte (que vai atender o Sudeste), a expectativa é atender ainda mais empresas, visto a potencialidade da região. “É a primeira vez que temos um programa organizado em trilhas de conteúdo específicas sobre a Cachaça. É uma capacitação inédita, que vai possibilitar a esses empresários um olhar atualizado e mais estratégico para o acesso ao mercado internacional”, afirma.

“O estabelecimento do Núcleo será proveitoso para indústrias e produtores pelo direcionamento que será feito pelos técnicos que farão os atendimentos. Isso vai trazer uma competitividade maior para as empresas e vai agregar na estratégia delas de expansão de mercado e internacionalização”, afirma Verônica Winter, analista de negócios internacionais na FIEMG e Coordenadora do Núcleo PEIEX BH

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