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Agrícola

Empresa desenvolve novo conceito de colhedora de cana duas linhas, mas aposta em pneus

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Vídeos de uma nova colhedora de cana-de-açúcar de duas linhas vem circulando nas redes sociais e o que mais tem chamado atenção na máquina foi a opção da fabricante pelo uso de pneus ao invés de esteiras, que são normalmente vistas nas colhedoras já oferecidas pelo mercado.

A empresa fabricante dessa colhedora que traz um novo conceito, é a Fluxo Máquinas Agrícolas (FXMA), empresa brasileira que está rodando um protótipo pela terceira safra seguida em uma usina, a qual a empresa não revelou o nome para a RPAnews.

A colhedora de duas linhas se chama FX 400 e a desenvolvedora da tecnologia afirmou que ela tem menor peso bruto total do mercado, de 17 toneladas. A máquina, que colhe duas linhas de 1,40 e 1,50, tem um motor Volvo de 13 litros e 428 CVs com um consumo que varia de 34 a 38 litros/hora.

VEJA O VÍDEO

 

Além disso, o projeto utiliza dois elevadores no sistema de transporte da cana, possui sistema de corte de base com plataforma, os rolos picadores são frontais, utiliza poucos motores e blocos hidráulicos, e o corte de base, segundo a fabricante, é inovador porque reduz abalos em até 90% e arranquios de soqueira em 95%.

Segundo a fabricante da nova tecnologia, no conceito atual das colhedoras de cana-de-açúcar existentes no mercado (Ângulo entre 14° a 19°), o tombamento da cana e corte diagonal tem como resultado maior dano a soqueira, maior cisalhamento dos tocos e maior arranque de soqueiras.

Na máquina desenvolvida pela companhia, a FX400 (Ângulo entre 4° e 8°), o levantamento e corte longitudinal tem como resultado: menor dano na soqueira, corte horizontal, menor abalo e menor arranque de soqueira.

O modelo atual conta com sistemas com sensores, módulos de processamento e resposta do corte de base. Esse conjunto, segundo a FX Máquinas, requer constante calibração, manutenção e correção, além da resposta ser defasada do tempo real de corte.

“Na FX400, o sistema mecânico com rodas de sustentação da plataforma são corrigidos por meio de pistões hidráulicos. A plataforma oscilante de colheita, permite que o corte de base acompanhe oscilações do terreno, corrigindo em tempo real de colheita”, afirma.

Um dos pontos que chamou a atenção foi a escolha por pneus, que, segundo João Ruschoni, consultor técnico e Comercial da Fluxo Máquinas Agrícolas, foi feita pela redução de peso e custos de manutenção, maior conforto do operador, melhora nas manobras de início e fim de rua de colheita, melhora na logística de transporte e redução no consumo de diesel, que segundo ele, chega a 35 litros de diesel por hora.

 

Ruschoni explicou à RPAnews que a companhia está finalizando modelo opcional com esteiras de borracha (triangulares) na tração dianteira. “Quanto a compactação, na verdade essa máquina reduz em 50% pelo tráfego colhendo 2 linhas. Além disso, seu peso de 17 toneladas é menor que um transbordo carregado”, disse.

Além disso, a máquina mostrou que colhe em 9 minutos, 12 toneladas, isso em um canavial de reforma com 50 TCH. Ruschoni afirma que a máquina tem desempenhado muito bem em canas de altas produtividades e já colheu canaviais acima de 140 t/ha.

A informação que mais interessa é o valor desta máquina – que já está disponível comercialmente –  que é de R$ 3,5 milhões em sua versão 4×4 pneus.

*Confira as redes sociais da RPAnews Instagram @revistarpanews para mais vídeos e imagens da máquina.

Natália Cherubin para RPAnews

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