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Etanol: Brasil deverá aumentar oferta nos próximos anos com novas usinas

Canavial Raízen drones pulverizadores
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Apesar da produção de etanol no Brasil ser expressiva, o aumento da demanda pelo biocombustível por diversos setores pode fazer com que o país tenha déficit na oferta daqui alguns anos, o que levaria a construção de novas usinas.

A opinião é de Ricardo Mussa, CEO da Raízen, a maior companhia sucroenergética do mundo, com 35 unidades produtoras, durante evento do Credit Suisse. De acordo com ele, no balanço oferta e demanda a Raízen projeta para os próximos anos não ter oferta suficiente. “Vai precisar de construção de novas unidades. Apesar da oferta, há muita demanda de outros tipos de produtos”, afirmou ele, durante a conferência.

O executivo citou que hoje boa parte da produção da companhia não é para fins carburantes, e sim para uso industrial. “Com a onda verde, tem várias demandas de outros setores, como o farmacêutico, que vão para o etanol.” Indústrias de plásticos e químicos também foram citadas por ele como interessadas no biocombustível. “Temos uma cadeia carbônica barata e renovável”, adicionou.

Índia quer etanol 2G 

Para conseguir suprir a crescente demanda, a produtividade da cana-de-açúcar é essencial, mas o etanol de segunda geração, já produzido pela Raízen, também pode contribuir com o aumento da produção do biocombustível em 50% sem aumento de área.

De acordo com Mussa, empresas indianas já procuraram a Raízen com intenção de adquirir a tecnologia do etanol de segunda geração. “Podemos exportar não só o produto, mas também a tecnologia. Já fomos aproximados por várias empresas da Índia que querem comprar tecnologia”, disse ele no evento. 

Ainda de acordo com o executivo, os preços do etanol 2G são mais vantajosos em razão das classificações diferentes, já que o biocombustível é classificado como avançado e não é produzido a partir de plantas e sim de resíduos.

“Além do Brasil, outros países podem apostar na transição energética a partir do etanol, e não apenas da eletrificação de veículos. Os principais são os que têm grande produção de cana-de-açúcar, como Tailândia e Índia. Países da África também devem adotar o biocombustível antes do veículo elétrico”, disse Mussa. 

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