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Etanol pode ser peça chave na eletrificação de carros do grupo Stellantis

Mato Grosso é o 2º estado com o menor preço médio de venda do etanol do Brasil, mesmo com as últimas altas no valor desse combustível.
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O alto custo para produção e também venda de carros elétricos no Brasil coloca o etanol em posição de destaque no planejamento futuro do grupo Stellantis no país, hoje detentor de 20 marcas, dentre elas Fiat, Jeep, Peugeot e Citröen, o Stellantis aposta que com o etanol é possível chegar a resultados semelhantes aos que os motores elétricos apresentam quando o assunto é a redução nas emissões de CO2 (gás carbônico).

O combustível, produzido a partir da cana-de-açúcar  é listado por interlocutores como uma alternativa para a produção de veículos híbridos nas fábricas brasileiras. O grupo tem o compromisso de, até 2030, reduzir em 50% as partículas emitidas no Brasil, além de ter 20% da cartela de veículos com geração eletrificada – que mistura os dois modelos de combustão. A justificativa de aposta no uso do etanol para a produção de híbridos, é que a partir do uso do combustível pode ser possível realizar uma descarbonização desde o plantio até a emissão de CO2 do veículo em funcionamento- o que o Stellantis nomeia de well-to-wheel.

“O etanol é uma solução limpa e competitiva para o cliente final. No conceito do plantio até a emissão, ele emite quase o mesmo nível de CO2 de um carro totalmente elétrico, mas custando infinitamente menos e tendo muito mais conveniência”, disse à imprensa o presidente do grupo Stellantis para a América do Sul, Antonio Filosa. Para viabilizar a aposta, o grupo afirma ser necessário um maior envolvimento governamental para fomentar a produção do etanol no país, que é referência mundial no assunto.

Também há discussões sobre a produção híbrida se adequando às características de cada região do Brasil e com possibilidade de se tornar uma tecnologia nacionalizada. “O etanol é limpo e, sobretudo, quando associado às máquinas elétricas, torna-se competitivo”, acrescenta Filosa. Nos próximos anos, o grupo deve lançar até sete modelos com um mix de carros elétricos e híbridos no Brasil.

O número é bem inferior à produção que a empresa planeja para a Europa, por exemplo, onde 100% da frota deve ser elétrica até 2030. O redirecionamento ocorre em função do alto custo para aquisição de automóveis com motores elétricos. Atualmente, o preço para aquisição de carros elétricos no Brasil varia entre R$ 209 mil e pode ultrapassar a barreira de R$ 690 mil em modelos mais refinados.

Fonte: O Tempo

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