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Fatores macroeconômicos ditam mercado de açúcar no curto prazo, diz diretor da OIA

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O mercado sucroenergético global continuará mais orientado por fatores macroeconômicos, como políticas cambiais e fiscais, do que por fundamentos no último trimestre de 2022, afirmou o diretor executivo da Organização Internacional do Açúcar (OIA), José Orive, durante o segundo dia da 22ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, realizada em São Paulo.

“A direção do mercado é mais macroeconômica e menos guiada por fundamentos no curto prazo”, disse.

Orive reforçou, no entanto, que o mercado global de energia segue no radar de investidores. Durante a apresentação, ele destacou que o aumento dos preços de fertilizantes e de combustíveis elevaram os custos de produção de cana-de-açúcar.

As mudanças na paridade do etanol no Brasil também alteraram a dinâmica do mercado. “As previsões para a temporada 2022/23 continuam complexas e repletas de incertezas. Além dos fundamentos, fatores exógenos terão impactos”, explicou.

Para este último trimestre do ano, Orive destacou que o início da colheita no Hemisfério Norte, os atrasos nos anúncios de exportação pela Índia e as previsões de demanda pela Europa podem “trazer surpresas”. “A temporada 2022/23 pode ter volatilidade de preços com fundamentos altistas e baixistas agindo sobre o mercado”, afirmou.

Apesar das incertezas, o diretor da OIA reforçou a perspectiva de superávit de 5,57 milhões de toneladas na temporada 2022/23, divulgada em 31 de agosto. Ele diz que o aumento será sustentado pelo avanço da produção global na temporada 2022/23. Segundo Orive, a oferta deve passar para 181,9 milhões de toneladas, ante 174,1 milhões de toneladas em 2021/22.

A disponibilidade crescente do adoçante, de acordo com ele, é sustentada pelas Américas, com destaque para o Brasil.

O aumento da produção tailandesa também é um ponto de atenção, embora o mercado seja ainda mais conservador do que a OIA na recuperação do país. Enquanto analistas estimam produção em linha com as 10 milhões de toneladas de 2021/22, a OIA espera produção da Tailândia de 12,33 milhões de toneladas em 2022/23.

O fluxo de exportações de açúcar também é um ponto de atenção do diretor da OIA, que menciona Brasil, Tailândia e Índia no “Top 3” dos produtores mundiais. “O Brasil continuará, de longe, como o maior exportador global, com expectativa de embarcar 25 milhões de toneladas em 2022/23. A Tailândia deve expandir as exportações para 9,4 milhões de toneladas e a Índia deve se manter como um grande exportador, com 8 milhões de toneladas”, disse.

O Estado de S.Paulo/ Gabriela Brumatti

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