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GranBio vai produzir combustível para aviação nos EUA

Crédito: Getty Images/iStockphoto Direitos autorais: ipopba
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A  GranBio receberá um subsídio de US$ 80 milhões do governo dos Estados Unidos para acelerar a produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês).

O valor, de acordo com reportagem da EPBR, será destinado à instalação de uma planta com capacidade produtiva de 1,5 milhão de galões de SAF ao ano.

A unidade de escala de demonstração será alimentada com chips de madeira e resíduos de cana-de-açúcar e terá investimento total de cerca de US$ 220 milhões, além dos recursos de capital próprio e de outros interessados no projeto.

A companhia foi selecionada para desenvolver a tecnologia de biorrefinaria AVAP na fabricação do biocombustível.

Segundo a GranBio para a EPBR, a técnica adotada produz açúcares lignocelulósicos puros, de alto rendimento e baixo custo, provenientes de biomassa, para a conversão em produtos bioquímicos e biocombustíveis. A empresa possui mais de 300 patentes globais registradas.

O orçamento faz parte do programa SAF Grand Challenge Roadmap, do Departamento de Energia (DoE) dos EUA, em parceria com o Departamento de Transporte (DoT) e o Departamento de Agricultura (USDA), criado para impulsionar projetos de ampliação de novas tecnologias de produção de SAF em escala comercial.

Em setembro do ano passado, o DoE lançou um roteiro para o SAF com a finalidade de atender 100% da demanda de combustível de aviação doméstica com o biocombustível até 2050. A iniciativa foi incluída no pacote de emissões líquidas zero do governo Biden, que destina US$ 369 bilhões para apoiar a transição energética do país.

Somente nos EUA, a aviação comercial consome aproximadamente 10% de toda a energia de transporte e contribui com 2% das emissões de dióxido de carbono (CO2) nacionais.

Para o CEO da GranBio, Bernardo Gradin, o reconhecimento da pasta de Energia irá endossar a tecnologia. “O recurso é muito significativo, mas é ainda mais relevante o sinal de que essa solução é uma das escolhidas pelo governo americano para acelerar a viabilidade do SAF em escala comercial”, disse à EPBR.

Além de um centro de pesquisa aplicada nos Estados Unidos, a GranBio possui três plantas-piloto e, agora, uma unidade em escala de demonstração.

O combustível sustentável de aviação é produzido a partir de resíduos, óleos vegetais e biomassa, entre outras fontes não-fósseis, e está no topo da lista de ações para descarbonizar o setor. Quando comparado com o querosene de petróleo, por exemplo, o SAF reduz as emissões de CO2 em até 85%.

A estimativa é de que, sem a transição energética no setor, a aviação civil pode responder por 22% das emissões globais em 2050. Quanto à produção de SAF, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) projeta 30 bilhões de litros para 2023 e cerca de 450 bilhões de litros em 2050.

A Granbio também opera a maior planta de etanol de segunda geração do mundo, com tecnologia própria. Localizada em Alagoas, a usina desenvolve tecnologias limpas a partir de diversas variedades de biomassa, como bagaço de cana, resíduos de madeira, bagaço de fruta, palhas de arroz e milho.
Informações da EPBR/Millena Brasil
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