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Jalles registrou crescimento de produtividade de 15,9% no 2T24

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A produtividade cresceu 8,7% no acumulado da safra 2023/24, com destaque para a Unidade Santa Vitória

A Jalles processou 3.246,8 mil toneladas de cana no segundo trimestre da safra 2023/24 (2T24), volume 2,5% superior às 3.166,7 mil toneladas no 2T23.

Segundo a Jalles Machado, essa diferença deve-se ao aumento na moagem total da Unidade Otávio Lage e Unidade Santa Vitoria no segundo trimestre de 2024. “É importante ressaltar que, como divulgado no guidance, ficou evidente a melhora na moagem ao decorrer da safra, sendo no total superior ao período 2022/23. O plantio de 3,7 mil hectares no 2T24 foi 36,9% superior ao observado no 2T23P, de 2,7 mil hectares em decorrência do plano de expansão das unidades Otávio Lage e Santa Vitória”, disse a companhia em report.

A área colhida total foi de  37,3 mil hectares no 2T24, um recuo de 11,6% quando comparada com a área de 42,1 mil hectares observadas no mesmo período da safra anterior. No entanto, devido à uma produtividade maior, com menos área foi possível processar maior volume de cana.

No acumulado da safra 2023/24,o ganho de produtividade nas três unidades da companhia  – Jalles Machado, Otávio Lage e Santa Vitória –  foi de 6,8%, 2,0% e 18,0%, respectivamente. Parte expressiva desse ganho de produtividade na USV se deve à melhoria dos tratos culturais implementada nessa Unidade após o M&A.

A unidade Otávio Lage registrou aumento da produtividade em 10,1%, registrando 94,8 toneladas por hectare 2T23P e 104,4 toneladas no 2T24. Por outro lado, na unidade Jalles Machado, houve crescimento de 7,5% e na Santa Vitória, de 31,2%. O TCH totalizou 87,1 toneladas por hectare no 2T24, 15,9% superior ao TCH do mesmo período de 2023.

De acordo com Rodrigo Penna de Siqueira, diretor Financeiro e de Relações com Investidores, o destaque foi a unidade Santa Vitória, em saiu de 62,7 t/ha nesse período do ano passado para 74 toneladas por hectare nesse ano. “Então, aqui já evidenciando aí um pouco do trabalho de mudança de práticas agrícolas, foi muito pouco tempo que que a gente teve de quando assumiu até aqui, mas as práticas vão vir a partir das renovações, reformas, mas tratos culturais a gente já alterou alguma coisa, então a gente já teve esse impacto positivo e, como nós divulgamos, no caminho para chegar nas quase 80 toneladas por hectares, que a gente divulgou o fato relevante recente, que é a nossa ideia até 2026”, disse em conferência.

No 2T24, a Jalles alcançou produção total de 509,5 mil toneladas de ATR (açúcar e etanol), volume 2,8% maior do que o produzido no 2T23P, de 495,7 mil toneladas. No acumulado, a Companhia já produziu 889,7 mil toneladas de ATR, 1,6% menor do que o produzido no mesmo período da safra 2022/23.

Em comparação da safra 2023/24 com a safra 2022/23 houve alteração no mix em razão do atrativo preço do açúcar. “Estamos nos voltando para uma safra mais açucareira, devido as condições de mercado tanto do açúcar, bem favorável, como do etanol que tem enfrentado um cenário mais desafiador”, disse a administração da companhia em boletim de resultados.

Contudo, ainda pode ser observado um mix voltado para o etanol já que a unidade Santa Vitória produz exclusivamente etanol hidratado, enquanto as unidades Jalles Machado e Otávio Lage possuem a flexibilidade para um mix mais açucareiro.

Nesse sentido, a Companhia divulgou, em 21 de junho de 2023, o projeto de investimento em uma fábrica de açúcar na unidade Santa Vitória com capacidade de produzir 15.000 sacas de 50kg de açúcar VHP (equivalente a 750 toneladas) por dia, totalizando 150 mil toneladas por safra.

Devido à nova fábrica na USV e aos investimentos marginais na UOL, a Jalles, a partir do início da Safra 2024/25, terá um mix potencial de açúcar de até 55%. Essa alteração, segundo a companhia, reforça a velocidade na tomada de decisão para aproveitar o bom momento dos preços históricos de açúcar no mercado mundial.

A Jalles terá uma capacidade de produção de açúcar de mais de 600 mil toneladas para a próxima safra, podendo assim, ter mais flexibilidade nas suas estratégias de produção e comercial. “Além da fábrica de açúcar na Santa Vitória e também o aumento de mix aqui da unidade Otávio Lage, em Goiás, que estava saindo de 45% para 50%, a gente acabou fazendo um investimento adicional anunciado aí marginal de R$10 milhões para ir para 60% de mix da unidade Otávio Lage. Então, o grupo como um todo vai dar um salto de 18,7 pontos percentuais de mix de açúcar desse ano para o próximo ano. Então, muito mais açúcar, que está com uma margem muito maior e com preço fixado para o ano que vem muito melhor do que desse ano”, disse o diretor Financeiro da companhia.

Com isso, a produção total de etanol atingiu 183,1 mil metros cúbicos no 2T24 comparado com 189,0 mil metros cúbicos no 2T23P, 3,1% menor. Já a produção de açúcar, de acordo com a companhia, foi maior em 13,6% no mesmo período, com a produção saltando de 167,6 mil toneladas no2T23P para 190,5 mil toneladas no 2T24, o que aponta para incremento de 22,9 mil toneladas.

Seguindo a tendência dos últimos trimestres, a produção de saneantes (álcool gel, álcool 70° e outros) foi 23,2% menor entre o 2T24 e 2T23 com produção de 242,7 mil caixas no 2T24 ante 315,9 mil caixas no 2T23. Tal desempenho é explicado pela volta à normalidade do patamar de comercialização do mercado após a pandemia de Covid-19

Receita líquida da companhia caiu 1,9% no acumulado  

A receita bruta no 2T24 somou R$ 539,3 milhões, 0,5% maior ante os R$ 536,4 milhões registrados no mesmo período do ciclo anterior. Porém, ao comparar com o período 2T23P, houve queda de 21,6% no comparativo quando foi registrado R$ 687,7 milhões. Esta diminuição é justificada em grande parte, segundo a Jalles, pela menor comercialização de etanol no trimestre e pelos preços mais baixos deste produto em relação à safra passada.

A Receita Líquida do 2T24 foi de R$ 465,9 milhões, queda de 4,1% em relação aos R$ 485,9 milhões do 2T23. Essa redução, segundo a companhia, é decorre da menor comercialização e contração do preço, especialmente do etanol anidro e hidratado.

No acumulado de safra 6M24 houve diminuição de 1,9%, onde a receita líquida sai de R$ 928,7 milhões para R$ 911,0 milhões no comparativo com o 6M23. Já com o comparativo Proforma 6M23P, o desempenho foi 28,8% menor devido a uma Receita Líquida de R$ 1.278,9 milhões no 6M23P.

O resultado operacional, EBIT, foi de R$ 200,2 milhões, 16,8% maior frente ao montante de R$ 171,4 milhões registrado no 2T23, principalmente devido ao aumento da Variação do Ativo Biológico. Em comparação com o período 2T23P observa-se aumento de 10,1% em relação ao 2T24.

Considerando o EBIT Ajustado, o indicador somou R$ 117,8 milhões no 2T24 (margem de 25,3%) 39,4% a menos do que os R$ 194,3 milhões no 2T23 (margem de 40,0%), já no comparativo com o 2T23P, a queda foi de 42,5% no EBIT Ajustado, acompanhado de redução na margem em 8%. No acumulado da safra o EBIT Ajustado foi de R$ 198,0 milhões, enquanto no 6M23 foi de R$ 401,3 milhões, e 6M23P R$ 490,6 milhões, diminuição de 50,7% e 59,6% respectivamente.

Natália Cherubin para RPAnews

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