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Lucro líquido do CTC cai 4,6% para R$ 25,26 milhões no segundo trimestre do ano-safra

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O CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), empresa de biotecnologia desenvolvedora de variedades de cana-de-açúcar, revelou em seu último balanço referente ao segundo trimestre do ano-safra 2022/23, que teve um lucro líquido de R$ 25,26 milhões, o que representa uma queda de 4,6% em comparação com o mesmo período da temporada anterior.

A Receita Líquida da companhia totalizou R$ 91,5 milhões no período, uma queda de 10,5%, se comparado ao mesmo período de 2022, refletindo o término da vigência da proteção das cultivares e consequente direito à cobrança de royalty das variedades CTC 1 a CTC 5.

“A queda foi parcialmente compensada pela melhora no mix com variedades de maior valor agregado e correção dos preços. O Ebitda no 2T23 atingiu R$ 39 milhões, queda de 13,3%, refletindo a redução na receita e o crescimento dos desembolsos nas áreas comercial e de P&D”, disse Rinaldo Pecchio Junior, diretor de Relações com Investidores, em report.

Ainda de acordo com a companhia, a receita no 2T23 reflete um Market Share de plantio de 36%, dos quais 57% referem-se a variedades elite. “Um destaque do trimestre foi a receita de royalties com Partes Relacionadas, com aumento superior a 4%. Esses clientes, historicamente mais avançados na implementação de novas tecnologias, utilizam um volume maior das séries 9000 e GM, minimizando o impacto da queda da proteção das Variedades CTC 1-5 dentro desse grupo”, afirmou diretor de Relações com Investidores do CTC.

A área faturada, refletindo a saída das variedades CTC de 1 a CTC 5, diminuiu aproximadamente 148 mil hectares, variando de 422 mil de hectares no 2T22 para 274 mil de hectares no 2T23. O preço médio aumentou de R$ 229,33 no 2T22 para R$314,93 no 2T23, superior aos índices inflacionários do período. Além disso, houve um aumento de R$ 3,1 milhões em vendas de mudas de cana, quando comparado com o 2T22.

Os Investimentos em P&D totalizaram R$ 46 milhões no 2T23 (+10,1% vs. 2T22), refletindo importantes avanços no projeto de Sementes e a expansão do pipeline de canas geneticamente modificadas.

O Lucro Líquido no 2T23 atingiu R$ 25 milhões (-4,6% vs. 2T22), impactado pela menor receita e menor EBITDA. A queda foi parcialmente compensada pelo melhor resultado financeiro. No trimestre, a Margem EBITDA foi de 42,5% e a Margem Líquida atingiu 27,6% (+1,7 p.p. vs. 2T22).

O Caixa Líquido no trimestre totalizou R$ 309 milhões (+53,6% vs. 2T22), demonstrando a solidez financeira da Companhia frente aos desafios dos cenários econômicos brasileiro e mundial.

Perspectivas para próximo ciclo e lançamentos

Para a safra 2023/24, que começa em abril, o gerente de relações com investidores da companhia, Diego Ferrés, afirmou à Agência Estado, que o CTC tende a surfar junto com o movimento de renovação dos canaviais.

Segundo ele, o mercado tem um prognóstico bastante positivo para o próximo ano graças à saúde financeira das usinas e ao nível de investimento em manejo de tecnologia. “Nós esperamos que a taxa de reforma dos canaviais feche ao redor de 15% em 2022/23. Em 2021/22 a taxa foi por volta de 13% (1,3 milhão de hectares)”, afirmou ele.

Na próxima safra, o CTC deve lançar três variedades convencionais para complementar o portfólio com plantas adaptadas a diferentes regiões. Apesar disso, ele afirmou ao jornal que o CTC continua com um trabalho acelerado para disponibilizar também novas variedades geneticamente modificadas ao mercado, além das quatro já presentes.

Em 2023, o CTC tem a projeção de começar o teste industrial do projeto de sementes sintéticas obtidas por técnicas de clonagem para o plantio de cana-de-açúcar. Além disso, até 2025, a companhia deve lançar a próxima série de variedades, a Série 10.000, para substituir as variedades da série 9.000, que são as mais eficientes do grupo, hoje, à seca e ao plantio mecanizado. “Consideramos saltos de produtividade com a mudança de série”, disse Ferrés à Agência Estado.

RPAnews com informações da Agência Estado/Gabriela Brumatti
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