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Lula participa de inauguração de planta de etanol de 2ª geração da Raízen em Guariba, SP

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Planta de 2G é a maior do planeta e terá capacidade de produzir 82 milhões de litros de combustível por ano a partir do bagaço da cana

Na última sexta-feira, 24, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Guariba, cidade do interior de São Paulo, para inauguração da planta de etanol de segunda geração (e2G). A unidade, de acordo com a Raízen, é considerada a maior do mundo.

A tecnologia do etanol de segunda geração é uma tecnologia brasileira, uma tecnologia patenteada e representa uma das maiores inovações que a gente teve no setor sucroalcooleiro, no setor de biocombustíveis nos últimos anos. Demorou muito tempo para fazermos isso. Foi mais de 15 anos de investimento. Hoje, estamos inaugurando a maior planta de etanol celulósico do planeta”, disse Ricardo Mussa, CEO da Raízen, durante abertura do evento de inauguração.

A segunda planta industrial de E2G da Raízen, localizada na unidade Bonfim, demandou um investimento de R$ 1,2 bilhão. Segundo Mussa, só com a nova planta, a Raízen vai aumentar em 50% a sua produção de etanol sem precisar de um pé de cana a mais. 

“A cana-de-açúcar é uma das plantas mais eficientes em captar energia solar e transformar em biomassa. É como se fosse um painel solar que capta a energia solar com uma grande diferença, a gente tem um bateria embutida que é o bagaço. A cana ocupa 1% do território nacional e é responsável por 20% de toda a produção energética brasileira. Esse é o potencial da cana-de-açúcar, mas usamos muito pouco desse potencial”, destacou Mussa.

O presidente Lula disse, em seu discurso que percebeu a evolução da cana-de-açúcar. “Fico percebendo que a nossa engenharia, que os nossos pesquisadores conseguiram fazer o que nenhum país do mundo que pensa que é melhor do que nós fez. A gente consegue transformar aquele bagaço numa coisa que produz o etanol de muito melhor qualidade que foi o etanol normal que a gente produzia antes, que é o etanol de segunda geração”, disse.

Rubens Ometto, do conselho de Administração da Raízen, destacou a importância da escolha de pessoas competentes para que assumam cargos nas entidades regulatórias de combustíveis. “As políticas de preços porque o etanol produzido no Brasil tem um preço diretamente ligado ao da gasolina. A gente se procupa com a inflação, mas é muito importante não “matar” as outras alternativas de combustível.

Novo parque de E2G

O novo Parque de Bioenergia, que fica na unidade de Bonfim, terá capacidade de produzir 82 milhões de litros do combustível por ano. Produzido a partir do bagaço da cana, o E2G otimiza a produção de combustível em uma determinada área de produção canavieira e tem uma pegada de carbono 30% menor do que o etanol de primeira geração, segundo a Raízen.

“Esse é um exemplo bacana de um produto que esta ajudando a descarbonizar o planeta. Enxergamos no etanol de segunda geração, uma das maiores apostas para transição de baixo carbono. Esse é o conceito de economia circular”, disse Mussa.

A Raízen agora conta com duas plantas industriais de etanol 2G em funcionamento. A primeira fica em Piracicaba (SP) e foi inaugurada em 2015. Com mais nove unidades em construção e 11 mapeadas, a empresa planeja futuramente produzir, por ano, 1,6 bilhão de litros do biocombustível.

Natália Cherubin para RPAnews

 

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