Home Últimas Notícias Marina diz que governo acredita que é preciso acabar com uso de combustíveis fósseis
Últimas Notícias

Marina diz que governo acredita que é preciso acabar com uso de combustíveis fósseis

Compartilhar

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse nesta quinta-feira, 6, que a posição de sua pasta e do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um todo é de que o uso de combustíveis fósseis está na base da mudança do clima e afirmou que é preciso caminhar para o fim da utilização desses combustíveis.

“A visão sobre o uso de combustível fóssil do Ministério do Meio Ambiente, e do governo como um todo, é de que os combustíveis fósseis são a base do problema”, disse a ministra em entrevista à GloboNews.

“Tudo que está acontecendo em relação à mudança do clima tem a ver com a emissão de CO2, sobretudo em função de desmatamento e de transformação do uso da terra, mas principalmente o uso de carvão, de petróleo e de gás”, acrescentou.

Marina Silva ainda foi indagada sobre pressões para que o Ibama libere a exploração pela Petrobras de petróleo na foz do Rio Amazonas, afirmando que não cabe à sua pasta a decisão sobre a exploração do recurso como estratégia econômica, mas sim avaliar a viabilidade ambiental.

No entanto, ela lembrou do “compromisso assumido” de países produtores de petróleo na COP28 no ano passado de fazer a transição energética para o fim do uso de combustíveis fósseis, tratando o processo como “dever de casa”.

“O Ministério do Meio Ambiente não toma a decisão sobre a exploração de petróleo como uma estratégia econômica. Essa é uma decisão do conselho de política energética. O Ministério se debruça sobre a viabilidade ambiental, econômica e social”, disse.

A ministra ainda reiterou que, quando pedidos de licença são rejeitados, isso ocorre porque não há uma das três viabilidades mencionadas, criticando quem acredita que apenas o ponto de vista econômico deva ser considerado.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, a questão da exploração de petróleo pela Petrobras na Margem Equatorial, que abrange bacias da foz do Rio Amazonas, tem provocado divisão interna no executivo, principalmente entre Marina Silva e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que é favorável ao empreendimento.

Há cerca de um ano, o Ibama negou à Petrobras licença para perfurar na área, citando possíveis impactos sobre os grupos indígenas e o sensível bioma costeiro. Dias depois, a Petrobras fez um pedido de reconsideração, com alterações em seu projeto.

No mês passado, o Ibama se manifestou, exigindo uma série de estudos sobre impactos aos indígenas de Oiapoque, cidade amazônica que fica em frente a áreas onde a estatal deseja perfurar no litoral do Amapá, antes que o órgão ambiental possa analisar a viabilidade de seu projeto.

Reuters/Eduardo Simões e Fernando Cardoso

Compartilhar
Artigo Relacionado
Últimas Notícias

Comemoração dos 50 anos do Proálcool reúne líderes e autoridades em São Paulo

Com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e...

Últimas Notícias

Exportação de etanol dos EUA recebe apoio de pagamentos do governo, diz diretor da ISO

Os subsídios do governo dos Estados Unidos aos produtores de milho estão...

Últimas NotíciasDestaque

Justiça bloqueia R$ 379,5 milhões da usina de etanol investigada por sonegação em Mato Grosso

O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira-MT) obteve decisão judicial que...

Últimas Notícias

Preços do açúcar cristal recuam no mercado spot de São Paulo

Levantamento do Cepea mostra que os preços médios do açúcar cristal branco...