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Mercado de crédito de carbono tem potencial de movimentar US$ 2 bi no Brasil na próxima década, diz Equus

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Os negócios no mercado de carbono têm potencial para movimentar mais de US$ 300 bilhões globalmente até 2050, sendo cerca de US$ 50 bilhões nos próximos 5 anos, aponta estimativa da Equus Capital.

No Brasil, que recentemente aprovou regulamentação para o mercado de carbono, o potencial é de US$ 2 bilhões na próxima década, impulsionando setores estratégicos e atraindo investimentos internacionais.

Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital e Agricarbon, acredita que essa regulamentação coloca o Brasil no mesmo patamar de grandes potências, como a União Europeia, no desenvolvimento de políticas sustentáveis.

“Não há outro país no mundo com as condições geográficas, climáticas e biológicas para gerar tantos créditos de carbono quanto o Brasil. Esse mercado será transformacional não só para a agenda ambiental, mas também para nossa economia”, destaca Vasconcellos.

Oportunidades no agro

Apesar de o agronegócio estar isento da obrigação de mensuração e compensação de emissões, o setor deve ser um dos mais beneficiados com a regulamentação do mercado de carbono, pois possui grande potencial para gerar créditos de carbono por meio de áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente.

Em 2024, as emissões diretas da agropecuária no Brasil representaram entre 25% e 30% das emissões totais do país, com a combustão entérica sendo a maior responsável. Porém, com a iniciativa do Plano ABC+ (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) e com a regulamentação do mercado, visam, até 2030, evitar a emissão de 1,1 bilhão de toneladas de CO₂eq, consolidando o agronegócio brasileiro como referência em sustentabilidade global.

No entanto, a implementação do mercado de carbono ainda enfrenta desafios. Entre os principais, estão a definição de metodologias de medição e a construção de uma regulamentação clara, acessível e eficiente.

Ainda assim, Felipe Vasconcellos, da Equus Capital e Agricarbon, avalia que o mercado de carbono evoluirá para adotar características de commodities, com produtos financeiros como derivativos ganhando relevância.

“Esse movimento pode diversificar carteiras e agregar valor, criando uma economia mais integrada e sustentável para todos os perfis de investidores, com produtos financeiros, como derivativos, sendo utilizados para hedge e diversificação de portfólios”

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