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Milho: alta externa eleva preço no Brasil, mesmo com baixa liquidez
Os preços do milho têm subido na maioria das regiões brasileiras pesquisadas pelo Cepea, influenciados pelas valorizações externas. Os contratos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) subiram na última sexta-feira, após um relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A grande oferta global de grãos e a forte concorrência pelos negócios de exportação continuaram sustentando os preços, mas o pior das notícias pode já estar sendo incorporado aos preços por ora, segundo o estrategista chefe da Allendale, Rich Nelson para a Reuters.
Com isso, o contrato do milho com vencimento em maio na CBOT subiu 1,75 centavo de dólar, para US$ 4,3975 por bushel. Na semana, a alta foi de 3,8%.
Segundo pesquisadores do Cepea, os avanços no Brasil são observados sobretudo nas regiões paulistas, onde os estoques estão baixos, e nas catarinenses, onde o clima foi desfavorável durante a semeadura e, agora, a produtividade tem sido menor.
“Já nas praças em que as cotações caíram, a pressão veio do aumento no ritmo de colheita, como Paraná e Rio Grande do Sul – nestes estados, a Conab indica que 50% da área já foi colhida. De modo geral, a liquidez segue baixa; enquanto compradores mostram pouco interesse em adquirir volumes de milho, vendedores focam a entrega de lotes de soja”, disseram os analistas.
