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Milho: safra terá recorde, mas exportação limita queda de preço

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Os preços do milho iniciaram o ano de 2022 em alta, impulsionados pelos estoques de passagem em volumes apertados e por preocupações relacionadas à safra verão de 2021/22 – que, de fato, teve sua produtividade prejudicada pelo clima adverso, de acordo com os analistas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq-USP).

Após o primeiro trimestre, agentes consultados pelo Cepea voltaram as atenções à segunda temporada, que teve produção recorde, o que, por sua vez, gerou pressão sobre as cotações desde então.

A produção total de milho do país, de acordo com a Stone X, foi estimada em recorde de 128,71 milhões de toneladas, ante 130,3 milhões na estimativa anterior e 123,5 milhões no ciclo passado. A projeção para a exportação de milho é de 46 milhões de toneladas, versus 45 milhões na temporada anterior.

“As quedas no Brasil foram limitadas pelos elevados valores externos do cereal, diante da oferta mundial enxuta. O conflito entre a Rússia e Ucrânia, iniciado no final de fevereiro, elevou a paridade de exportação e favoreceu os embarques brasileiros”, disseram os analistas do Cepea.

Preços caíram nas bolsas

O milho fechou em nova queda de 2,0% na B3 (Bolsa de Mercadorias de São Paulo), seguindo a forte queda em Chicago.  As cotações futuras fecharam em queda no dia e no comparativo semanal de janeiro e alta para os demais meses: o vencimento janeiro/23 fechou a R$ 88,03, queda de R$ 0,89 no dia e de R$ 0,21 na semana (últimos 5 pregões); março/23 fechou a R$ 94,02, queda de R$ 0,34 no dia e alta de R$ 0,63 na semana e maio/23 fechou a R$ 92,17, queda de R$ 0,31 no dia e alta de R$ 0,26 na semana.

Em Chicago o milho fechou em queda, diante de menor produção de etanol. A cotação de março fechou em queda de 1,18% ou $8,00/bushel a $ 670,50. A cotação para julho 2023 fechou em queda de 0,30% ou $ 7,00/ bushel a $ 664,75.

Enquanto no Brasil as perspectivas de produção permanecem boas, segundo de acordo com analistas de mercado, na Argentina o clima vem preocupando, apesar das chuvas recentes.

De acordo com dados da Bolsa de Grãos de Córdoba, a província que detém 40% do total de milho semeado na Argentina, pretendia plantar 3,3 milhões de hectares nesta temporada 2022/23, mas até o momento, apenas 72% da área foi coberta.

O andamento dos trabalhos de plantio apresenta um atraso de 13% em relação à campanha 2021/22 devido à seca sofrida pela província, segundo publicação do jornal Info Campo. No entanto, a qualidade das lavouras preocupa. Do total da área avaliada, 35%  está em estado regular ou ruim.

Natália Cherubin, com informações do Cepea e Agrolink
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