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Minas comemora supersafra de cana-de-açúcar, que deve ser recorde

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O terceiro levantamento da safra de 2023/2024 feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou Minas Gerais como o segundo maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil, atrás apenas do Estado de São Paulo. O Estado produziu 80,2 milhões de toneladas, superando em 13,6% as 70,5 milhões de toneladas da temporada 2022/23.

Os números foram possíveis graças a produtividade que atingiu média de 84 toneladas por hectare, um salto expressivo em comparação aos 78 toneladas por hectare atingidos na safra de 2022/2023.  Estes são últimos dados coletados pela Conab de outubro a novembro de 2023.  A previsão para o quarto levantamento, que representa o balanço total da safra, tem divulgação prevista para 18 de abril, quando deve ser comprovado o melhor desempenho da série histórica mineira, com início em 2005/2006.

Entre outros municípios, o aumento da produtividade da lavoura ocorreu em Campo Florido, no Triângulo Mineiro, onde o engenheiro agrônomo João Bosco Brandão Salomão, de 49 anos, mantém sua produção. Ele é da primeira geração a produzir cana-de-açúcar na família, que era produtora de cereais, e mantém a plantação, em sua maioria, em terrenos arrendados. “Nessa safra de 2023/2024, a gente observou um aumento de produtividade excelente. Tanto que batemos recorde de produtividade em algumas áreas”, afirmou em entrevista para o jornal Estado de Minas.

De acordo com o produtor, o desempenho estadual e pessoal se deve, entre outros fatores, a uma aplicação cada vez maior de tecnologia na lavoura. “É algo em que há algum tempo a gente já vem trabalhando, e envolve a construção de um perfil de solo de maneira mais tecnificada usando traços culturais como a adubação correta e aplicação de corretivos apropriados. Tudo isso permite um maior aprofundamento da raiz e aumento da produção”, explica. Para o produtor, isso tem representado um tempo cada vez maior dentro do escritório, onde são feitos os planejamentos e estudos a serem aplicados no campo.

Clima ajudou

Além de maior uso de tecnologia no campo, o engenheiro agrônomo Rodrigo Piau, de 47, disse, em reportagem ao Jornal Estado de Minas, que um fator imprevisível foi um dos principais aliados na marca histórica alcançado pelo setor canavieiro mineiro: as chuvas. Ele faz parte da Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Campo Florido (Canacampo), responsável por fornecer cana-de-açúcar à filial da Usina Coruripe na região.

“Nossa região sempre foi conhecida por manter uma boa produção de cana, mas o fator climático foi essencial para essa última safra. A umidade veio na medida e no tempo ideal, o clima foi extremamente favorável. É algo que não temos controle, mas foi um ponto principal”, afirmou ao Jornal EM. A Canacampo também bateu recorde na última colheita, chegando a moer 4.774.000 de toneladas de cana-de-açúcar.

Entre as melhorias tecnológicas aplicadas no campo, Rodrigo destaca a sistematização do plantio, um bom manejo de pragas, aplicação equilibrada de produtos químicos e biológicos e foco na qualidade da colheita como fatores essenciais para o aumento da quantidade de cana-de-açúcar produzida.

Com informações do Jornal Estado de Minas/Julia Salim
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