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Mitsui e Geo lançam joint venture para produção de biogás e biometano no Brasil

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A Mitsui anunciou nesta quarta-feira, 10, a criação de uma joint venture com a brasileira Geo para construção e operação de plantas de produção de biogás e biometano no Brasil, em parceria que visa diversificar o fornecimento doméstico de gás com alternativas renováveis.

Batizada de GeoMit, a nova empresa utilizará resíduos orgânicos da cana-de-açúcar, como a vinhaça, para a produção de gases renováveis que despontam como substitutos do gás natural (fóssil) no processo de transição energética.

Esses insumos serão garantidos por meio de parcerias com produtores da biomassa, matéria-prima que tem atraído cada vez mais investidores à medida que empresas buscam sistemas produtivos e geração de energia menos poluentes. O Brasil é o maior produtor global de cana-de-açúcar, e o estado de São Paulo, principal consumidor de energia no país, é também líder no setor sucroenergético.

O anúncio não traz estimativa de investimentos no projeto, o volume de produção projetado ou a localização das plantas, mas as empresas afirmam que as unidades ficarão próximas de centros de consumo.

O acordo envolve a Mitsui Gás, braço do grupo japonês que atua na distribuição de gás natural no Brasil como acionista direto e indireto de 13 concessionárias, e a Geo Bio Gas&Carbon, uma provedora de tecnologias para produção de hidrocarbonetos verdes.

“A colaboração entre a vasta experiência da Mitsui Gás em distribuição de gás e a tecnologia de produção de biogás e a experiência operacional em plantas da Geo garantem a geração e fornecimento confiável de gás renovável durante todo o ano”, disseram as empresas.

A Geo já investiu R$ 450 milhões em biogás e tem hoje quatro plantas operacionais nos estados do Paraná e São Paulo. A empresa, que detém processo proprietário único para produção do combustível, tem parcerias com companhias sucroenergéticas como Raízen e Cocal – no projeto da Cocal, o biometano é distribuído a clientes do interior paulista em parceria com a GasBrasiliano.

O negócio assinado entre as empresas ocorre em meio à aposta de empreendedores no potencial ainda subexplorado do agronegócio brasileiro para projetos de biogás e biometano de grande escala.

Nesta quarta-feira, 10, a Atvos, uma das maiores processadoras de cana-de-açúcar do Brasil, anunciou investimentos de R$ 350 milhões na construção de sua primeira unidade de biometano no Mato Grosso do Sul.

O segmento vem atraindo ainda empresas como a Orizon, de valorização de resíduos em aterros sanitários, que também fornecem biomassa para produção de biogás; e elétricas como a Energisa, que buscam fornecer soluções energéticas sustentáveis a seu portfólio de clientes.

Reuters/Letícia Fucuchima

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