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Número de fusões e aquisições de empresas do agro tem alta de 125%

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De janeiro a setembro, setor registrou nove operações, nos segmentos de fertilizantes, açúcar e etanol, segundo a KPMG

O número de fusões e aquisições no agronegócio brasileiro aumentou 125% nos nove primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo intervalo de 2023. Foram nove operações até setembro, sobretudo no segmento de fertilizantes e açúcar e etanol — um ano antes, haviam sido apenas quatro. Os dados constam de estudo realizado trimestralmente pela KPMG que considera 43 áreas da economia brasileira.

As transações envolvendo a área de fertilizantes cresceram 75%, para sete operações. Já no caso de usinas, foram duas; um ano antes, não houve negócios no segmento.

“As indústrias de fertilizantes e de bioenergia se destacaram mais uma vez entre as fusões e aquisições no agronegócio do Brasil, como esperado. Ambos são intensivos em capital e a conjuntura de elevado custo de capital no país, aliada às perspectivas promissoras de crescimento para ambos os mercados, favorecem as transações”, analisa a sócia da KPMG, Giovana Araújo.

Segundo ela, “as fusões e aquisições no segmento de fertilizantes sinalizam posicionamento estratégico em portfólio de produtos sustentáveis, como bioinsumos e organominerais, uma tendência que se consolida. No caso da bioenergia, as transações mostram apetite renovado de investimento e expansão por grupo relevantes e sólidos no segmento”.

Das fusões e aquisições concretizadas, de acordo como levantamento, cinco foram domésticas, ou seja, realizada entre empresas brasileiras; duas envolveram estrangeiros adquirindo capital de companhia estabelecida no país; uma foi feita por brasileiros comprando de estrangeiros empresa estabelecida no Brasil; e uma concretizada por estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil.

Entre as mais conhecidas, a britânica BP comprou 50% da Bunge na joint venture BP Bunge Bioenergia no Brasil, em junho. E a gestora Aqua Capital assumiu o controle da Solubio, do mercado de agricultura regenerativa, por R$ 100 milhões, em agosto.

No começo do ano, a empresa israelense de minerais e fertilizantes especiais ICL comprou a brasileira Nitro 1000, por US$ 30 milhões. Em agosto, a Agrion acertou captação de até US$ 50 milhões com o Fundo Global para Recifes de Corais, que tem como principal cotista o Green Climate Fund (GCF), e o fundo americano Pegasus entrou como minoritário.

No mesmo mês, o Agrogalaxy — hoje em recuperação judicial — aumentou sua participação de 80% para 90% na Agrocat, de insumos.

A pesquisa da KPMG apontou que foram realizadas 1.196 operações de fusões e aquisições em todos os setores da economia de janeiro a setembro deste ano, um aumento de 5% em comparação com o mesmo intervalo de 2023 quando foram concretizadas 1.142 transações. Os setores que mais se destacaram foram tecnologia da informação, com 355 operações, empresas de internet, com 199 e instituições financeiras, com 68 negócios concretizados.

A lista formada pelos setores que mais se de destacaram, nos nove meses deste ano, ainda contempla as seguintes áreas: companhias de energia com 51; serviços para empresas, 41; imobiliário, 39; alimentos, bebidas e fumo, 37; telecomunicações e mídia, 29; educação, 24; e produtos químicos e farmacêuticos, 23.

Com informações do Globo Rural / Fernanda Pressinott
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