O presidente do conselho da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), Gustavo Rattes de Castro, defendeu a criação de um índice de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) negociado em bolsa, como forma de modernizar e dar mais transparência à formação de preços da cana-de-açúcar.
A proposta foi apresentada durante a 25ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol e, segundo Rattes, um índice público de ATR poderia aumentar a previsibilidade e reduzir a assimetria de informações entre produtores e usinas, fortalecendo toda a cadeia produtiva.
De acordo com a organização, a proposta é um convite à reflexão sobre os caminhos de modernização e transparência na formação de preços da cana-de-açúcar. Segundo Rattes, a ideia de um índice de ATR com cotação pública e referência de mercado poderia contribuir para aumentar a previsibilidade e reduzir a assimetria de informações entre produtores e usinas, fortalecendo toda a cadeia produtiva.
“O setor sucroenergético brasileiro evoluiu muito em tecnologia, sustentabilidade e competitividade global, mas ainda temos desafios estruturais na formação de preços. Um índice de ATR negociado em bolsa poderia representar um avanço significativo em transparência e governança, beneficiando todos os elos da cadeia”, destacou em sua fala.
A proposta feita pela Orplana reforça o papel da entidade como representante de mais de 12 mil produtores de cana em todo o país, atuando em pautas que envolvem governança, inovação e sustentabilidade econômica. A discussão sobre os mecanismos de precificação mais abertos e modernos também se conecta ao movimento global por mercados bioenergéticos mais líquidos e eficientes.
“Nosso papel é pensar o futuro. Não se trata de romper modelos, mas de aprimorar instrumentos de mercado que possam dar ainda mais solidez, previsibilidade e credibilidade ao setor. É uma reflexão que precisa ser construída de forma coletiva, com base técnica e diálogo institucional”, completou o presidente do conselho da Orplana.