Os preços do açúcar superaram as perdas iniciais e registraram ganhos modestos depois que a Conab reduziu sua estimativa de produção do Brasil para 2025/26 em 3,1%, para 44,5 milhões de toneladas, de uma estimativa anterior de 45,9 milhões de toneladas.
O contrato de açúcar bruto com vencimento em outubro teve pouca alteração, fechando a 16,41 centavos de dólar por libra-peso. Por sua vez, o contrato mais ativo de açúcar branco, também com vencimento em outubro, ganhou 0,3%, indo a US$ 488,10 por tonelada.
Os preços do açúcar estiveram sob pressão nas últimas duas semanas e registraram mínimas de duas semanas na última segunda-feira devido às perspectivas de que as usinas de açúcar do Brasil aumentem a produção. Na segunda-feira passada, a Covrig Analytics informou que as usinas de açúcar do Brasil estão priorizando a produção de açúcar em detrimento do etanol, moendo mais cana para produzir açúcar. Espera-se que essa tendência continue durante os picos de colheita, impulsionada por safras de cana mais secas, que levam as usinas a produzir mais açúcar.
Segundo a coordenadora de inteligência de mercado da Hedgepoint Global Markets, Lívea Coda, o impulso inicial nos preços da última semana, foi resultado de sinais de fortalecimento da demanda – como licitações no Paquistão, aumento das importações chinesas relatadas pela alfândega e especulações sobre o uso da cana-de-açúcar na produção da Coca-Cola nos Estados Unidos.
No entanto, o adoçante perdeu força, pois não se concretizaram mudanças significativas nos fundamentos do mercado. “Embora a atividade dos fundos tenha contribuído para o recente suporte aos preços por meio da realização de lucros, o sentimento geral do mercado permanece mais baixista em comparação com as temporadas anteriores. A produção do Hemisfério Norte para 2025/26 deve, em geral, apresentar bons resultados”, observa Coda.
Natália Cherubin com informações da Barchart