Uma pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP de Piracicaba, SP, desenvolveu um método para identificar os contaminantes presentes na produção de etanol de maneira muito mais rápida.
A informação foi divulgada quarta-feira, 30, no programa Ambiente É o Meio do Jornal da USO. De acordo com o pesquisador e professor Carlos Alberto Labate, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP em Piracicaba, o processo de produção de etanol pode ser contaminado de várias formas, desde o mosto da fabricação de açúcar até a fermentação infectada por leveduras selvagens.
Os danos causados podem chegar à casa dos milhões, como, por exemplo, nos Estados Unidos, onde o prejuízo é estimado em cerca de US$ 3 milhões por ano.
Os pesquisadores da Esalq desenvolveram um método de análise do combustível capaz de otimizar o tempo de procura por poluentes na levedura da composição. “A velocidade, que antes podia chegar a 20 dias, agora varia entre dois e dez minutos.”
O professor explica que a técnica mais rápida foi pensada para indústrias, pois a velocidade da análise permite que os produtores acompanhem a produção “on-line”. Ele conta ainda que o método também permite um mapeamento dos talhões de cana-de-açúcar trazidos para as usinas: “Podemos fazer até mesmo a previsão de contaminação”.