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Pindorama será a primeira cooperativa agroindustrial a produz biogás e biometano
A Pindorama, localizada entre os municípios de Penedo, Coruripe e Feliz Deserto, em Alagoas, será a primeira cooperativa agroindustrial do Norte-Nordeste a implementar uma unidade de produção de biogás e biometano. Isso será possível graças a uma parceria firmada com a ZEG Biogás.
Na semana passada, representantes das duas empresas realizaram as últimas tratativas para a assinatura do contrato, o que deve ocorrer dentro dos próximos dias, de acordo com a Pindorama.
Com um investimentos inicial orçado nas casa dos R$ 65 milhões, a planta deve ter suas obras iniciadas ainda neste primeiro semestre, em uma área de aproximadamente 5 hectares, cedida pela Pindorama. De acordo com o CEO da ZEG Biogás, Eduardo Acquaviva, a expectativa é de que a planta já esteja operando a no segundo semestre de 2025, com uma produção anual estimada em 6 milhões de metros cúbicos de biogás e biometano.
“Um importante projeto está sendo desenvolvido em conjunto com a Cooperativa Pindorama. Estamos falando da instalação de uma planta para produção de biometano. É um combustível renovável e sustentável que, a partir da vinhaça, que é o resíduo da produção de etanol, a gente transforma em biometano. Ele é renovável, está 100% alinhado com as políticas de descarbonização, pode substituir combustíveis fósseis, como o diesel, para transportes, e o gás natural, para a indústria. Esse projeto coloca a Cooperativa Pindorama nas rotas de descarbonização, na transição energética, que é de tão importante impacto para toda a sociedade”, adicionou.
A expectativa, de acordo com o executivo, é que no segundo semestre de 2025 o projeto seja concluído com início da produção e comercialização de biogás. “Também trará mais uma fonte de receita, agregando valor para a Cooperativa Pindorama. Esse é um importante passo para a ZEG Biogás e para a Cooperativa Pindorama, uma parceria que já nasce forte”, completa o CEO da ZEG.
Segundo Fernando Mayer, gerente comercial da ZEG Biogás, a projeção é de que a produção anual corresponda ao volume de 30 mil litros de óleo diesel produzidos todos os dias no período de um ano. “Com esse volume, estima-se que serão evitadas a emissão de 20 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera anualmente com a substituição da matriz fóssil pela renovável”, calculou Mayer.
Klécio Santos ressaltou o pioneirismo da Cooperativa Pindorama. “Seremos protagonistas de mais um projeto inovador aqui no Nordeste, que é a captação do biometano proveniente da nossa produção de vinhaça, um projeto muito interessante por vários aspectos, entre eles a questão ambiental. Com isso a gente contribuirá em muito para o bem do planeta”, comemorou Klécio Santos.
Conforme previsão de Fernando Mayer, o biometano substituirá combustíveis fósseis na região. “Com isso, podemos estimar redução de emissões por volta de 17 mil toneladas de CO₂ por ano. Além do aspecto ambiental do projeto, geraremos novos empregos localmente, o que movimentará a economia e contribuirá positivamente para o desenvolvimento regional”, disse.
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