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Por que os preços dos Cbios vem subindo?

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O valor dos Cbios bateu um recorde de R$ 202,65, uma alta de quase 70% nos últimos dias de junho, se comparado com o final de maio. A emissão de Cbios foi de 2,86 milhões de títulos, 10% acima do volume total de Cbios fechado no mês de junho de 21, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

Segundo Haroldo Torres, gestor de projetos do Pecege, os valores dos Cbios vem aumentando por conta de dois fatores. O primeiro deles é o volume de Cbios adquirido pelas distribuidoras (parte obrigada) e também pelo aumento expressivo de compras de títulos por parte de outros agentes de mercado, ou seja, a parte não obrigada.

“Tudo indica que as distribuidoras vão atingir a meta. Isso mostra que elas estão adiantando as compras de Cbios, ou seja, esse é um vetor que explica esse comportamento de preço e reflete mudança no comportamento de aquisição das distribuidoras”, explica Torres.

Nos últimos dois anos, as distribuidoras estavam concentrando as suas compras mais no final do ano, próximo a data limite da meta. Em maio, o volume negociado de Cbios passou a 7,5 milhões de Cbios, um crescimento de mais de 54% quando comparado a abril.

Justamente em meados de maio, o preço dos Cbios começou a se fortalecer ainda mais, atingindo a primeira cotação recorde de R$ 119 reais. Desde então, ele não para de subir vertiginosamente, ultrapassando R$ 200 reais.

“O volume total de Cbios ofertados em 2022 foi de quase 14 milhões de Cbios, um volume abaixo do mesmo período do ano passado, que foi de 14,9 milhões. “Em 2021, a meta das distribuidoras também era significativamente menor, com diferença de mais de 11 milhões de Cbios. Ou seja, elas anteciparam as compras no momento estou com uma oferta mais restrita, comprado a 2021, e com uma meta maior”, explica.

O segundo motivo para o aumento expressivo é o aumento também da parte não obrigada na aquisição de Cbios, que são especuladores ou outros agentes do mercado. “Até agora eles tinham parcela ínfima. No entanto, de maio para junho, o volume comprado da parte não obrigada subiu 179%. É um volume baixo quando comparado da parte obrigada, mas essa movimentação também pode ter empurrado a media dos preços para cima”, destacou Torres.

O volume de Cbios emitidos até a o fim da segunda metade de junho totaliza 42% da meta anual, que é de 36,75 milhões de títulos. O número de Cbios disponíveis no fechamento de junho é de 21,7 milhões de títulos. O volume de Cbios aposentados até o fim da segunda metade de junho representa 10,5% da meta anual total (36,7MM).

O volume de aposentados somado ao que esta na parte obrigada totaliza 63% da meta. O volume negociado de Cbios na segunda quinzena de junho foi de 8,13 milhões de títulos.

Por Natália Cherubin

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