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Porto de Antonina realiza primeira exportação de açúcar VHP a granel

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O Porto de Antonina, localizado no Litoral do Paraná, acaba de concluir, nesta segunda-feira (14), a primeira exportação de açúcar a granel já realizada no terminal. Ao todo, foram exportadas 16 mil toneladas de açúcar VHP produzido no Estado de São Paulo com destino à Venezuela. A produtividade no carregamento do navio Irvine Bay – foi de um 457 toneladas/ hora e aproximadamente 11 mil toneladas/dia.

De acordo com o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan, a operação superou as metas de produtividade. “Mais uma carga para o portfólio do Porto Ponta do Félix, reforçando o seu diferencial como terminal para cargas customizadas no Brasil”, afirma o presidente.

O diretor presidente da ED&F MAN Brasil, responsável pela carga, Rodrigo Ostanello, elogiou a operação realizada pelo terminal paranaense. “A operação foi cheia de desafios, surpreendente e muito positiva”, avalia. Segundo ele, outros navios estão previstos para ainda este ano

Entre as principais vantagens de operar pelo Porto Ponta do Félix, em Antonina, se destaca o tempo de operação. “Não há fila de atracação, diferentemente dos demais portos que estão sobrecarregados com filas médias de 15 dias e sem espaço adicional para o volume nominal disponível para exportação”, ressalta.

“Nossa previsão para produção de açúcar no Centro-Sul na safra 2023/24 é de aproximadamente 39 milhões de toneladas. Deste total produzido, cerca de 10 milhões de toneladas são para consumo localmente e o saldo, cerca de 5 milhões de toneladas de açúcar ensacado e 24 milhões de toneladas de açúcar a granel, destinados para exportação”, afirma Ostanello, ressaltando ainda a expectativa de produção adicional de 3,2 milhões de toneladas de produção de açúcar no Nordeste do Brasil.

Brasil reivindica volta como maior produtor global de açúcar

Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam que a produção de cana-de-açúcar na safra 2023/24 deverá crescer 4,4% em relação ao ciclo 2022/23, uma estimativa de 637,1 milhões de toneladas. O incremento é influenciado tanto pelo melhor rendimento das lavouras como pela maior área destinada ao cultivo da cultura. Para área, a estatal espera que sejam destinados 8,4 milhões de hectares de cana para a colheita, com um rendimento médio de 75.751 quilos por hectare.

Ainda de acordo com a Conab, no Sudeste, principal região produtora, o volume colhido deverá aumentar em 4,4%, quando se compara à safra 2022/23, podendo chegar a 404,71 milhões de toneladas. Destaque para São Paulo, onde as lavouras tendem a apresentar melhora na produtividade de 2,9%, e Minas Gerais, estado em que é esperado não só a melhora no rendimento do campo, mas também ampliação na área destinada para a cultura.

Com tamanha produção de açúcar, o Brasil deverá reivindicar de volta a sua condição de maior produtor global, que chegou a estar com os indianos após uma quebra de safra histórica em 2021/22. “A grande vantagem da indústria brasileira é de se adaptar ao preço do produto final, graças ao modelo de combustão veicular (carros flex). A safra 2021/22 foi muito difícil em termos de volume total de cana disponível, mas o principal fator para alterarmos a posição de maior produtor de açúcar mundial com a Índia se deve ao fato de termos a habilidade para mudarmos o mix de produção entre açúcar e etanol”, afirma Ostanello.

Principais destinos e novos investimentos

Rodrigo Ostanello explica que as principais regiões deficitárias de açúcar no mundo são a África e Mediterrâneo e extremo Oriente. “Porém são dois mercados bem distintos: o mercado africano consome praticamente açúcar ensacado, pronto para consumo humano. Já os demais mercados são formados principalmente por refinarias que irão receber açúcar a granel, impróprio para consumo, transformá-lo em açúcar refinado ou cristal e distribuí-lo para os mercados locais. Há outros destinos especiais, quando há acordos bi-laterais entre países, como no caso da Venezuela por exemplo”, finaliza.

Ao longo dos próximos meses, o Porto Ponta do Félix também contará com novos armazéns, que possibilitam o aumento de 85% da capacidade de armazenagem, passando de 280 mil toneladas para 520 mil toneladas, de forma gradativa.
“O incremento da capacidade estática abre mercados em novos segmentos. Temos também no cronograma das operações, por exemplo, além da cabotagem de trigo, a importação de barrilha, que é um produto a base de sódio usado pela indústria para a produção de alimentos”, ressalta Birkhan.

Neste início de ano, o Porto também completou os investimentos em novas defensas marítimas, equipamentos que proporcionam mais segurança durante a atracação dos navios. As defensas servem para amortecer o impacto resultante do encontro entre um navio e a estrutura de atracação, reduzindo os riscos de avarias.

“Primamos pela segurança e, com relação às embarcações, não pode ser diferente. As melhorias devem atrair ainda mais navios para Antonina, por seguir rigorosamente os padrões de instalações portuárias seguras a nível mundial”, conclui Birkhan.

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