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Preço recebido pela Agropecuária Paulista fecha 2022 positivo em 6,63%

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Imagem/Ilustrativa (CNA Agro)
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O Índice de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), fechou dezembro de 2022 com alta de 0,73%. Separados por grupos de produtos, enquanto o índice de origem vegetal (IqPR-V) atingiu reajuste de 1,07%, o índice de origem animal (IqPR-A) finalizou o último mês do ano com queda de -0,16% .

Com a ausência da cana-de-açúcar, que ao ser o principal produto na formação dos índices apresentou uma variação positiva de 1,51%, IqPR e IqPR-V sem cana apresentam altas menores, respectivamente 0,13% e 0,39%.

Dentre os principais reajustes observados no mês de dezembro de 2022, destacaram-se o feijão (+16,59%) e o arroz (+10,27%). Para o feijão, a diminuição da área direcionada ao produto (que foi em parte substituída para o cultivo de soja e milho) e adversidades climáticas reduziram a oferta do produto no último mês de 2022, ocasionando a elevação do valor negociado pela saca de 60 Kg para quase R$ 400.

Para o arroz, a menor oferta ocasionada pela falta de chuvas e redução da produtividade no Rio Grande do Sul (principal estado produtor) colocou o produto negociado em dezembro numa margem 10,27% mais caro que o praticado em novembro de 2022.

Índices acumulados nos últimos 12 meses

No acumulado de dezembro de 2021 a dezembro de 2022, todos os índices apresentaram reajustes positivos. De janeiro a março, visualiza-se uma aceleração incentivada pelas altas verificadas principalmente nas culturas de arroz, feijão, cana-de-açúcar, carne de frango e ovos.

As incertezas geradas pelo início da guerra entre Rússia e Ucrânia colocaram o mercado de commodities em compasso de espera. O mês de abril se apresenta como um divisor de águas no equilíbrio da oferta e demanda no campo paulista.

Depois de 14 meses de reajustes sucessivos nos indicadores, as quedas nos preços de milho e soja (com os bons resultados da safra brasileira de grãos) apontaram para uma estabilidade nos custos de produção das principais proteínas (em especial, aves e suínos).

De maio a julho, destacam-se as altas do indicador de preços dos produtos animais (IqPR-A): nesse intervalo, figuram em destaque os reajustes no leite, que variam de R$2,08 para R$2,78, ascensão de 33,65% em seu período de entressafra (quando os custos de produção são aumentados pela necessidade de suplementação alimentar do rebanho).

Entre agosto e dezembro, as oscilações nos preços dos produtos de origem vegetal ocorreram numa projeção orientada à estabilidade (em agosto a estiagem interferiu nas altas das laranjas; em setembro, a retirada do ICMS do etanol favoreceu a queda nos preços da cana-de-açúcar; em outubro, novamente as laranjas em baixa produtividade contribuíram para a elevação do índice; e em novembro, as especulações no mercado financeiro derrubaram os preços do café, o que interferiu na queda do indicador).

Já os produtos de origem animal, em contraposição às elevações verificadas no primeiro semestre de 2022, inverteram a curva do indicador com as quedas sucessivas, principalmente do leite e da carne bovina.

Nesse intervalo de 12 meses, 13 produtos do levantamento tiveram reajustes positivos e 4 apresentaram quedas. Além disso, o IqPR variou positivamente em 8 dos 12 meses analisados (Figura 2), num acúmulo de reajuste de +6,63%. No que se refere ao indicador de produtos de origem vegetal (IqPR-V), as altas acumuladas de feijão (+77,85%), batata (+76,88%), arroz (+44,45%) e tomate (29,82%) contribuíram para sua alta em 7,53%. Nota-se que esses quatro produtos são muito importantes na dieta popular brasileira, o que indica um peso maior para o processo inflacionário vigorante nos últimos anos.

Nesse intervalo de 12 meses, a alta do IqPR-A foi de 4,06%. Destaca-se a variação negativa acumulada do preço da carne bovina em -10,67%, contrabalançando o indicador frente aos reajustes dos preços dos ovos (+29,52%) e do leite cru refrigerado (+23,41%).

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