Os preços do açúcar caíram na quinta-feira para mínimas de uma semana e meia depois que o real brasileiro caiu para uma mínima de três semanas em relação ao dólar. O real mais fraco incentiva as vendas de exportação pelos produtores de açúcar do Brasil, provocando longas liquidações nos futuros de açúcar.
Os contratos do açúcar bruto que vencem na sexta-feira fecharam em queda de 0,95 centavo de dólar, ou 4,6%, a 19,69 centavos de dólar por libra-peso, perdendo terreno depois de atingirem uma máxima de dois meses no início desta semana, a 21,57 centavos de dólar. O contrato de açúcar branco com vencimento em maio caiu US$ 15, ou 2,7%, para US$ 539,70 por tonelada.
Os preços do açúcar já estavam em queda desde quarta-feira, 26, quando o trader de açúcar Czarnikow projetou que a produção de açúcar do Brasil em 2025/26 subiria para um recorde de 43,6 milhões de toneladas, dizendo que a produção de açúcar é mais lucrativa do que a produção de etanol.
Enquanto isso, a Organização Internacional do Açúcar (ISO) elevou na quinta-feira sua previsão de déficit global de açúcar em 2024/25 para 4,88 milhões de t, de uma previsão de novembro de 2,51 milhões de t, mostrando um aperto no mercado devido ao excedente global de açúcar em 2023/24 de 1,31 milhões de t.
A ISO também reduziu na quinta-feira sua previsão de produção global de açúcar para 2024/25 para 175,5 milhões de toneladas, de uma previsão de novembro de 179,1 milhões de toneladas. Por sua vez, os especialistas em commodities do Green Pool projetaram em 5 de fevereiro que o mercado global de açúcar mudará para um superávit de 2,7 milhões de toneladas no ano-safra de 2025/26, a partir de sua estimativa de um déficit de 3,7 milhões de toneladas em 2024/25.