Os contratos futuros de açúcar bruto negociados na ICE recuaram após máximas de sete meses nesta sexta-feira, 27, embora ainda tenham registrado ganhos semanais em meio a preocupações persistentes com a seca no maior produtor global, o Brasil.
O contrato do açúcar bruto com vencimento em outubro fechou em queda de 0,52 centavo de dólar, ou 2,2%, indo a 22,79 centavos de dólar por libra-peso. Mas ele ganhou 0,6% na semana, após o aumento de 19% na semana passada.
Os negociantes disseram que os produtores estavam aproveitando o recente aumento de preços para vender, acrescentando que havia indícios de que a Índia poderia produzir açúcar suficiente para exportar cerca de 2 milhões de toneladas na próxima temporada.
No geral, porém, o açúcar continua em tendência de alta. O Brasil produzirá 2 milhões de toneladas a menos de açúcar na temporada 2024/25 – ou 39 milhões no total – devido à seca severa e aos incêndios florestais relacionados, disse a BMI.
A corretora StoneX estima que o Brasil produzirá 2,5% mais açúcar, ou 40,6 milhões de toneladas, no total na próxima temporada, mas atribuiu o aumento à maior alocação de cana para açúcar em vez de etanol. Ela espera que a moagem de cana, por outro lado, caia 3,2% devido ao clima adverso.
Por sua vez, o contrato do açúcar branco com vencimento em dezembro caiu 3%, para US$ 576,20 por tonelada.