Preocupações com redução da oferta, destacadas por uma piora nas perspectivas de produção na Índia, fez com que os contratos futuros de açúcar bruto negociados na ICE atingissem uma máxima nesta terça-feira, 31.
O açúcar bruto com vencimento em março fechou em alta de 0,55 centavo de dólar, ou 2,6%, a 21,76 centavos de dólar por libra-peso, após atingir seu maior nível desde o final de 2016, a 21,82 centavos, conforme apuração da Reuters.
A Índia, segundo maior exportador mundial de açúcar, terá uma queda de 7% na sua produção na safra 2022/23, devendo produzir 34 milhões de toneladas.
Operadores comerciais afirmaram à Reuters que os preços do açúcar estavam sendo impulsionados por essa perspectiva de produção, juntamente com as preocupações de que o maior exportador, o Brasil, também poderia produzir menos caso o Ministério da Fazenda brasileiro reestabeleça os impostos federais sobre os combustíveis sejam restabelecidos em março.
Conforme análise da Green Pool, um déficit global de açúcar de 1,01 milhão de toneladas é projetado para a temporada 2023/24, encerrando uma série de três superávits consecutivos.
Os contrato de açúcar branco com vencimento em março subiu US$ 12 dólares, ou 2,1%, para US$ 580,70 por tonelada.