Os preços do açúcar atingiram nesta terça-feira, 5, o menor patamar em cinco semanas, pressionados por sinais de aumento na produção brasileira e pela expectativa de maiores exportações da Índia.
Dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) mostram que a produção do Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de julho cresceu 15% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 3,4 milhões de toneladas. Diante desse cenário, o contrato de açúcar bruto com vencimento em outubro recuou 0,16 centavo, ou 1%, para 16,09 centavos de dólar por libra-peso, após tocar a mínima de um mês, de 15,92 centavos. Já o açúcar branco, no contrato mais ativo, caiu 1,1%, para US$ 463,60 por tonelada, depois de chegar a US$ 460,60, também mínima de um mês.
Segundo a consultoria Datagro, o clima seco no Brasil favoreceu a intensificação da moagem de cana, levando as usinas a direcionar uma fatia maior da matéria-prima para a produção de açúcar, em detrimento do etanol. A proporção de cana destinada ao açúcar passou de 50% para 54% na comparação com a mesma quinzena da safra anterior.
No cenário internacional, a pressão baixista também vem da Índia. A Bloomberg informou que o país poderá autorizar exportações na próxima temporada, que se inicia em outubro, diante das fortes chuvas de monções, capazes de garantir uma safra abundante. O Departamento Meteorológico indiano reportou ontem um acumulado de 500,8 mm de chuva até 4 de agosto, 4% acima da média histórica. Além disso, a Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia anunciou, na última quinta-feira, que buscará permissão para exportar 2 milhões de toneladas de açúcar em 2025/26.
Com informações da Barchart