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Preços do açúcar recuam devido ao aumento da produção de açúcar no Brasil
Os preços do açúcar recuaram na sexta-feira devido ao aumento na produção de açúcar no Brasil. O relatório divulgado na sexta-feira pela Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia) mostrou que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na segunda quinzena de outubro aumentou 9,4% para 2,350 milhões de t e que a produção de açúcar na safra 2023/24 até outubro aumentou 22,6% para 37,215 milhões de t. Além disso, 49,39% da cana moída foi utilizada para a produção de açúcar este ano, um aumento em relação aos 45,83% do ano passado.
O contrato do açúcar bruto com vencimento em março caiu 0,49 centavo de dólar, ou 1,8%, indo a 27,29 centavos de dólar por libra-peso, ampliando a retração do mercado após uma máxima de 12 anos, de 28,14 centavos, registrada na terça-feira. O contrato do açúcar branco com vencimento em dezembro também fechou em queda de US$ 9,30, ou 1,2%, para US$ 747,30 por tonelada.
No início da semana passada, os preços do açúcar subiram para os máximos em 12 anos devido às perspectivas de uma oferta global de açúcar mais restrita. O congestionamento nos portos do Brasil também era apontado como fator limitante para as exportações de açúcar, que caíram 10% em outubro.
As perspectivas de redução das exportações de açúcar da Tailândia também vem apoiando os preços do açúcar. Segundo a Barchart, na terça-feira passada, o vice-ministro do Comércio da Tailândia disse que o país iria categorizar o açúcar como uma mercadoria controlada para controlar a inflação e manter a segurança alimentar, o que significa que um painel regulador será necessário para aprovar as exportações de açúcar da Tailândia de uma tonelada ou mais.
Durante a semana, a Thai Sugar Millers Corp projetou que a produção de açúcar da Tailândia em 2023/24 cairia 36%, para um mínimo de 17 anos de 7 milhões de t devido a uma seca severa. Até agora, neste ano, a precipitação na Tailândia está bem abaixo do mesmo período do ano passado, e o início do sistema climático El Niño poderá reduzir ainda mais a precipitação nos próximos dois anos. A Tailândia é o terceiro maior produtor de açúcar e o segundo maior exportador de açúcar do mundo.
