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Preços do açúcar são pressionados pelas perspectivas de oferta adequada
Os preços do açúcar na terça-feira fecharam moderadamente em baixa, uma vez que devolveram alguns dos fortes ganhos de segunda-feira. O contrato de açúcar bruto com vencimento em julho caiu 0,12 centavo de dólar, ou 0,6%, indo a 18,56 centavos de dólar por libra-peso. Já o contrato de açúcar branco com vencimento em agosto caiu 1,2%, para US$ 544,40 por tonelada.
Os preços do açúcar caíram nas últimas sete semanas devido ao aumento da produção de açúcar no Brasil. Na quinta-feira passada, o açúcar de NY caiu para o mínimo de 1 ano e meio no futuro mais próximo, e o açúcar de Londres caiu para o mínimo de 1 ano e meio devido às perspectivas de ampla oferta global de açúcar.
A Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar e Bioenergia) informou na quarta-feira passada que a produção de açúcar do Brasil na segunda quinzena de abril saltou 84,0% para 1.843 milhões de t, e para o ano de comercialização de 2024/25 (abril-março) a produção de açúcar aumentou 65,9% para 2.558 milhões de t . As usinas de açúcar do Brasil aumentaram a moagem de cana-de-açúcar em detrimento da produção de etanol, já que moeram 46,96% da cana-de-açúcar este ano para produção de açúcar, contra 41,42% da cana usada no ano passado.
Uma posição excessivamente curta por parte dos fundos em futuros de açúcar em NY poderia exacerbar qualquer recuperação de cobertura de posições vendidas. O relatório semanal do Commitment of Traders (COT) da última sexta-feira mostrou que os fundos aumentaram suas posições vendidas líquidas no açúcar de NY em 24.857 na semana encerrada em 14 de maio, para um máximo de quase 4 anos de 72.541.
Para o ano comercial de 2023/24 que acabou de terminar, a Unica informou em 19 de abril que a produção brasileira de açúcar aumentou 25,7%, para 42.425 milhões de t. Enquanto isso, a Conab, agência agrícola do Brasil, projetou em 25 de abril que a produção de açúcar do Brasil em 2024/25 aumentará 1,3%, para um recorde de 46.292 milhões de t, à medida que a área cultivada com açúcar em 2024/25 no Brasil aumentará em +4,1%, para 8,7 milhões de hectares ( 21,5 milhões de acres), o maior em sete anos.
A informação do Departamento Meteorológico da Índia sobre a expectativa do período de monções de 2024 (junho-setembro) seja 106% de uma média de longo prazo de 87 centímetros, poderá impulsionar a produção de açúcar da Índia. Em contraste, as chuvas de monções de 2023 (junho-setembro) foram 6% abaixo da média, as chuvas de monções mais fracas em 5 anos.
Em um fator de alta, a Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia informou na segunda-feira passada que a produção de açúcar da Índia em 2023/24 de outubro a abril caiu 1,6% para 31,4 milhões de t à medida que mais usinas de açúcar fecharam durante o ano e encerraram sua moagem de cana-de-açúcar. Em 30 de abril, 516 usinas de açúcar indianas haviam fechado operações, em comparação com 460 usinas que fecharam na mesma época do ano passado.