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Produção de cana em Goiás deve chegar a 75,3 milhões de t

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A estimativa da produção de cana-de-açúcar em Goiás para safra 2022/23 é de 75,3 milhões de toneladas, número 3,6% superior à safra 2021 (72,6 milhões), de acordo com os dados preliminares do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por meio do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).

Em toneladas, a produção de cana-de-açúcar é a maior em Goiás, seguida pela de soja (14,9 milhões) e do milho (10,9 milhões). Ainda de acordo com o levantamento, haverá o crescimento de 2,8% na área plantada e de 0,8% no rendimento médio da cana-de-açúcar em Goiás.

Segundo o analista técnico do IFAG  (Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária em Goiás) para o jornal Diário de Goiás, Alexandro Alves, o aumento na produção de cana-de-açúcar em Goiás para a safra 2022/2023, já era esperado em decorrência dos bons volumes de chuva que o estado teve desde o ano passado, a partir do mês de outubro.

“O clima acabou colaborando com a produção de cana-de-açúcar, e, em consequência, a produtividade foi muito boa”, pontuou.

Diante deste cenário, de acordo com o analista, a expectativa para o produtor é muito positiva. No entanto, ele destaca que a partir de agora vai depender muito do comportamento do clima, da chegada das primeiras chuvas, o que vai impactar a próxima safra.

“Para essa safra, as condições foram muito boas, e a expectativa realmente é de aumento na produção e para o produtor também não é diferente. Temos aí a matéria prima que é produzida pela própria indústria, pela própria usina e aquela produzida pelos canavieiros, produtores independentes, então, de certa forma, o cenário é bem favorável a esse aumento de produção”, disse ao Diário de Goiás.

Preços menores para o consumidor

Para o consumidor, a expectativa sempre é de preços menores, no entanto, o preço do produto, no caso do açúcar e o etanol nas bombas de combustível, não depende só do fator produção.

“É um fator [a produção], que colabora sim para a diminuição do preço, porque quando há um aumento da oferta de matéria prima, consequentemente vai existir um aumento de oferta, tanto do etanol quanto do açúcar. Então há essa tendência natural da diminuição de preços ao consumidor, mas é importante lembrar que esse não é o único fator”, disse Alves.

No entanto, há outros fatores responsáveis pelo preço final do produto como o mercado internacional, o dólar, as políticas internas, o processo eleitoral e a questão tributária. “São diversos elementos que podem colaborar para um aumento ou diminuição de preço para o consumidor, mesmo que o aumento da produção possa, sem dúvidas, trazer um vislumbre da diminuição do preço para o consumidor”, completou.

Produção de grãos sobe 9,1%

A estimativa de produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em Goiás para a safra de
2022, segundo o levantamento, é de 27,6 milhões de toneladas, 9,1% superior à safra 2021 (25,3 milhões).

As produções de soja e milho somam juntas 25,8 milhões de toneladas em 2022, o que representa uma participação de 93,5% da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas do estado. Na safra 2021, a soma das produções alcançava 23,5 milhões de toneladas, 93,1% do total.

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