Home Conjuntura Produção de etanol do milho avança 34%
ConjunturaEtanolÚltimas Notícias

Produção de etanol do milho avança 34%

A produção inicial da FS Bioenergia, de 280 milhões de litros saltou para 1,40 bilhão de litros em cinco anos.
Compartilhar

Enquanto  produção de cana recuou na última safra devido a queda da produtividade dos canaviais, a safra de milho avançou 29% em relação ao ciclo passado. De acordo com dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) de março, isso permitiu que o etanol de milho ganhasse espaço no mercado de combustíveis.

Em abril, do total de 27,55 bilhões de litros de etanol produzidos na região Centro-Sul, 3,47 bilhões de litros foram originados do milho – um aumento de 34,33% em relação à safra 2020/2021.

De acordo com a Unem (União Nacional do Etanol de Milho) para o G1, esse avanço consolida a consistência dessa produção, que era de 1,63 bilhões de litros na safra 2019/2020 e deve chegar a 4,2 bilhões em 22/23, de acordo com a União Nacional do Etanol de Milho (Unem).

“O grande excedente da produção de milho, principalmente aquele considerado de segunda safra, vem garantindo a sustentabilidade e o crescimento do setor, agregando valor à produção primária. Temos grandes oportunidades em um mundo que precisa ser menos dependente dos combustíveis fósseis e estimular o aumento da oferta de alimentos por meio de maior produção e produtividade”, afirmou o presidente-executivo da UNEM, Guilherme Nolasco.

Apesar dos Estados Unidos serem os maiores produtores de etanol de milho, o Brasil atingiu 13% na última temporada, dobrando o volume que era de 6%. A previsão é que até 2030 o Brasil aumente para 20% a produção de etanol de milho, chegando aos 10 bilhões de litros por safra.

Hoje o país tem 17 usinas produtoras de etanol de milho das quais 10 são flex. O crescimento de unidades flex e full aconteceu de forma rápida. A primeira usina a utilizar o milho para etanol iniciou suas operações em 2012, mas a produção só veio com a safra 2013/2014. Outros dois anos se passaram até que fosse inaugurada a primeira usina 100% destinada à moagem e transformação do milho, cujo produto entrou no mercado com a safra 2017/2018.

“Até 2017, o milho era apenas coadjuvante da cultura da soja, a ponto de o Governo Federal precisar garantir preços mínimos e adquiri-lo por meio de leilões. A indústria do etanol trouxe valor a esta cultura, previsibilidade de venda em longo prazo, riqueza e capacidade de investimento ao produtor”, disse Nolasco ao G1.

A principal região produtora de etanol de milho é a Centro-Sul, com maior concentração em Mato Grosso, que possui 10 usinas em atividade, responsáveis por 87% da produção na safra recém finalizada. Depois, aparecem Goiás, com cinco usinas, e Paraná e São Paulo, com uma indústria cada um.

Com informações do G1 (Matéria de Amanda Pioli)

Compartilhar
Artigo Relacionado
Últimas Notícias

Tarifaço de Trump pode ter impacto maior no etanol do que no petróleo, diz Adriano Pires

Mais do que o setor de petróleo, o impacto da tarifa de...

Últimas Notícias

Tarifaço de Trump deve impactar setor pernambucano de cana-de-açúcar, diz Sindaçúcar-PE

Tarifa de 50% pode desestabilizar planejamento das exportações do estado, que teve...

Últimas NotíciasDestaque

Sucroenergéticas integram relação das dez maiores recuperações judiciais do agronegócio

Usina Açucareira Ester, Grupo Safras e Usina Maringá (grupo Diné) atuam com...