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Produtora de abacate processa Raízen por contaminar sua área com agrotóxicos

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A Raízen, empresa do setor de combustíveis com participação da Shell, está sendo processada por ter supostamente contaminado com agrotóxicos uma fazenda vizinha na cidade de Óleo, SP. A ação tramita na Justiça de São Paulo desde agosto de 2022.

O processo foi apresentado por Ana Ferreira, dona de uma fazenda que produz abacates para exportação a cerca de 300 quilômetros de São Paulo. A área fica ao lado da Fazenda Santa Tereza, onde a Raízen planta cana-de-açúcar.

Segundo Ferreira, em dezembro de 2021 sua propriedade foi atingida por agrotóxicos pulverizados pela Raízen por meio de um avião. A plantação de abacate e o solo ficaram intoxicados e a produção foi completamente perdida nas áreas impactadas, afirmou a proprietária.

Um laudo técnico contratado pela defesa de Ferreira apontou a presença de dois herbicidas tóxicos, com risco de contaminação também da água por meio do lençol freático. A Secretaria de Agricultura do governo paulista registrou morte, amarelecimento e manchas escuras nos abacateiros.

Os advogados da Raízen confirmaram à Justiça que a companhia aplicou agrotóxicos na data apontada pela vizinha, mas afirmaram que a firma não teve “qualquer culpa” pela contaminação no terreno.

Procurada, a Raízen afirmou que dois laboratórios, de confiança dos dois vizinhos, negaram a presença de produtos usados pela empresa. A empresa disse que os impactos nos abacateiros podem ter sido causados “por motivos diversos”, e que a Secretaria de Agricultura não comprovou dano ambiental.

“A empresa adota as melhores práticas de gerenciamento das operações de pulverização aérea, com a melhor tecnologia disponível, sempre em linha com a legislação vigente”, disse a empresa de biocombustíveis.

Fonte: Metrópoles/Coluna Guilherme Amado/Eduardo Barretto
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