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Raízen investe R$ 300 milhões na construção da planta de biogás em Piracicaba
A Raízen anunciou que está investindo cerca de R$ 300 milhões na construção da segunda planta de biogás localizada em Piracicaba (SP), a primeira dedicada ao biometano. Com inauguração prevista para 2023, a planta terá capacidade de produção de 26 milhões de m³ de gás natural renovável por ano, o suficiente para abastecer aproximadamente 200 mil clientes residenciais. Ao todo, serão gerados cerca de 250 empregos diretos e indiretos durante a construção da unidade.
A produção do gás natural renovável será feita a partir de vinhaça e torta de filtro, resíduos da operação agroindustrial do Parque de Bionergia Costa Pinto. O bioparque possui, além de estrutura para produção de açúcar e etanol, uma planta de Etanol de Segunda Geração (E2G) e uma usina solar. O E2G se diferencia por utilizar o bagaço proveniente da produção do açúcar e etanol comum (E1G) para a produção de mais etanol, gerando também a vinhaça como resíduo, que será destinado à nova planta de biometano, permitindo uma redução ainda maior na intensidade de carbono do produto.
A nova planta de biogás da Raízen é resultado de uma parceria com a Geo Energética, reforçando a posição da Raízen Geo Biogás como uma das empresas pioneiras no uso de resíduos de processos industriais para a produção de energia renovável em escala comercial. Substituto para gás natural, diesel ou gás liquefeito de petróleo (GLP), o biometano tem o potencial para reduzir em mais de 90% as emissões diretas de gases de efeito estufa ao substituir combustíveis fósseis. Com avanços em eficiência energética, o gás natural renovável é uma solução sustentável, capaz de acelerar a descarbonização de diversos setores. A unidade é mais um passo da companhia em ações de inovação e investimento em energias limpas e renováveis.
Esta será a segunda planta de biogás da Raízen Geo Biogás. A primeira, inaugurada em 2020 no município de Guariba, SP, tem foco na geração de energia elétrica por meio do biogás e é uma das maiores plantas do tipo no mundo, com capacidade instalada de 21MW.
Etanol 2G também avança
Após o IPO, a Raízen vem acelerando seu plano de expansão, como a construção de sua segunda planta de etanol celulósico, integrada ao parque de bioenergia Bonfim, localizado em Guariba, SP. A previsão é de que essa unidade entre em operação em 2023, com capacidade instalada para a produção de 82 milhões de litros de E2G por ano.
Além disso, a companhia também deu início às obras de mais duas plantas focadas na produção de E2G, que estão localizadas na Univalem, em Valparaíso (SP), e Barra, em Barra Bonita (SP). Para a implementação de ambas, a Raízen aportará R$ 2 bilhões e cada uma terá capacidade de produção de 82 mil m³ de E2G por ano, adicionando uma capacidade anual de aproximadamente 160 milhões de litros de biocombustível. O início das operações destas unidades está previsto para 2024.
A primeira planta de E2G da Raízen, em Piracicaba, é a única em operação contínua em escala comercial produzindo etanol celulósico a partir de bagaço de cana, com a tecnologia validada em escala industrial e reconhecida comercialmente pelo mercado internacional. Esses fatores são fundamentais para sustentar a expansão operacional da Raízen para a aplicação global do biocombustível como fonte limpa de energia.
De acordo com Thaís Fornícola, diretora agroindustrial da Raízen, as novas plantas consolidam o posicionamento da companhia como uma empresa integrada de energia, que investe em inovação para garantir a sustentabilidade de seus negócios a longo prazo e desenvolvimento local. “Com as novas plantas de biogás e E2G, a Raízen amplia o portfólio de soluções em energia rumo à transição energética necessária para o País e seguindo as demandas do mundo por soluções mais limpas. Investimentos como esse refletem nossa busca constante por soluções que atuam de maneira efetiva na redução das emissões, minimizando os impactos dentro e fora de nossas operações”, ressalta.
Ao gerar energia a partir de resíduos, como vinhaça e torta de filtro, a Raízen reafirma o compromisso com a economia circular. “Estamos otimizando as operações e fazendo o uso mais eficiente de todos os subprodutos do processo produtivo. O biometano chega em nosso portfólio para somar ainda mais as ações que contribuem com o meio ambiente, gerando menos resíduos industriais e criando uma corrente eficiente e renovável”, esclarece Fornícola.
A totalidade da produção da nova planta de biogás em Piracicaba foi comercializada para a Yara Brasil Fertilizantes e para a Volkswagen do Brasil, em contratos de longo prazo. A Yara receberá 20 mil m³ de gás natural renovável por dia para a produção de hidrogênio e amônia verde. A Volkswagen receberá 50 mil m³ diariamente, sendo a primeira montadora no Brasil a utilizar biometano na produção de suas fábricas.
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