A Raízen, maior grupo sucroenergético brasileiro, vem sendo apontada por fontes como uma das possíveis compradoras das unidades da BP Bunge no Brasil. Apesar de não descartar a possibilidade de aquisições e fusões, a companhia ainda conta com capacidade ociosa para expandir sua produção e está focando nesse crescimento orgânico.
A afirmação foi feita pelo CEO da companhia, Ricardo Mussa em conferência sobre o primeiro trimestre da safra 2022/23, realizada na última sexta-feira. Mussa destacou que a Raízen tem o equivalente a uma BP Bunge dentro da companhia em capacidade ociosa para crescer, e este é o nosso principal foco.
“Nunca descartamos qualquer negócio se for o preço certo, a sinergia certa, e é isso que podemos compartilhar agora”, disse em conferência.
A Raízen tem capacidade de moagem de 106 milhões de toneladas de cana ao ano, enquanto a BP Bunge, com 11 unidades produtoras, possui capacidade para 33 milhões de toneladas.
As oportunidades de expansão analisadas também consideram a possibilidade de aumento da oferta de biomassa, “para nossa operação de E2G (etanol de segunda geração) que está crescendo rapidamente”, disse o executivo.
Segundo Mussa, conforme divulgado pela Reuters, é preciso olhar oportunidades não apenas com visão de curto prazo, mas também para um horizonte mais longo, que incluem o etanol de segunda geração e o biogás (produzido a partir de resíduos do processo industrial sucroenergético).