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Rali do preço do açúcar bruto deve ter vida curta conforme oferta melhora

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A recente alta de preços que levou os futuros do açúcar bruto da ICE a alcançarem uma máxima em mais de dois meses será de curta duração, já que a oferta dos dois principais produtores, Brasil e Índia, deve aumentar ainda este ano, mostrou uma pesquisa da Reuters com nove traders e analistas.

O adoçante deve fechar o ano em 18,25 centavos de dólar por libra-peso, 13,5% abaixo do fechamento de segunda-feira e também abaixo do nível observado no final de 2024, de acordo com a previsão mediana da pesquisa.

O balanço de oferta global foi visto mudando de um déficit de 2 milhões de toneladas em 2024/25 para um superávit de 2 milhões de toneladas em 2025/26.

“Esperamos que os preços caiam, principalmente em resposta à perspectiva de uma safra indiana muito grande e à possibilidade de grandes cotas de exportação”, disse o analista sênior de açúcar da DNext Intelligence, John Stansfield.

A previsão mediana para a próxima safra de açúcar na Índia (outubro de 2025 a setembro de 2026) é de 32,35 milhões de toneladas, acima das 27,5 milhões de toneladas em 2024/25.

“Os preços serão pressionados por uma grande safra indiana e por bons estoques no Brasil, provavelmente com uma cauda mais longa”, disse o analista sênior de mercado e diretor executivo da CovrigAnalytics, Claudiu Covrig.

Ao citar uma “cauda mais longa”, Covrig está se referindo à possível intensificação da produção no Brasil no final do ano, já que o país provavelmente terá um início tardio da colheita em 2025.

Os participantes da pesquisa esperam que o Centro-Sul do Brasil produza 41,6 milhões de toneladas em 2025/26, acima das cerca de 40 milhões de toneladas em 2024/25.

A estimativa mediana para os preços do açúcar branco foi de US$ 505,00 por tonelada no final de 2025, 9% abaixo do fechamento de segunda-feira.

Vários agentes do mercado disseram que há outros fatores além do clima em jogo este ano, o que poderia mudar as expectativas. “Dependerá também das moedas, de Trump, das guerras comerciais”, disse um trader europeu.

Com informações da Reuters / Marcelo Teixeira
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