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Safra de cana do Centro-Sul poderá chegar a 565,3 milhões de t

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A safra 2022/23 de cana-de-açúcar no Centro-Sul poderá chegar a 565,3 milhões de toneladas, alta de 8,1% no comparativo com a temporada passada. Essa é a quarta revisão da a StoneX para a atual temporada.

Segundo a consultoria, desde a última publicação de relatórios da consultoria, em março, as condições climáticas permanecem o fator-chave para os ganhos estimados de produtividade para os canaviais. Ao mesmo tempo, o aumento do prêmio do etanol em relação ao açúcar passou a atrair a atenção do mercado.

De acordo com a StoneX, a produção de açúcar em 2022/23 deve ser de 33,9 milhões de toneladas, representando alta anual de 5,8%. A destilação de etanol de cana, por sua vez, é projetada em 25,8 bilhões de litros (+7%). Especificamente, 16,5 bilhões de litros de hidratado (+16,4%) e 9,3 bilhões de litros de anidro (-6,4%) devem ser fabricados no acumulado da temporada.

Além disso, a produção de etanol de milho deve continuar apresentando crescimento, segundo a consultoria. Apesar do clima na região Centro-Oeste estar prejudicando algumas áreas do Mato Grosso e Goiás, a destilação do biocombustível ainda apresenta uma margem considerável às usinas. Assim, a StoneX espera uma produção de 4,2 bilhões de litros (+20,7%), sendo 3,1 bilhões de litros de hidratado (+23,9%) e 1,1 bilhões de litros de anidro (+8,7%).

A StoneX também pontua que as chuvas que ocorreram a partir do último semestre de 2021 favoreceram o plantio e o desenvolvimento dos canaviais que deverão ser colhidos ao longo da atual temporada. Entre os meses de outubro do ano passado e abril deste ano, 1.132,6 milímetros incidiram na ponderação das áreas canavieiras do Centro-Sul; o volume precipitado ultrapassou a média dos últimos dez anos em 23,7%.

“Esse acompanhamento climático é fundamental para compreendermos o progresso da lavoura. As precipitações regulares têm contribuído com o desenvolvimento vegetativo da biomassa, favorecendo, assim, o processo de maturação”, aponta o relatório assinado pelos analistas Filipi Cardoso, Arthur Machado e Marcelo Di Bonifácio.

Por isso, a consultoria estima um aumento de 8,1% na moagem em relação ao ciclo anterior, reflexo do aumento na produtividade, favorecida pelo acúmulo do volume de chuvas. Um possível aumento da taxa de reforma dos canaviais, pode pressionar a extensão da área a ser colhida no Centro-Sul, conforme a consultoria.

Devido ao maior volume de chuvas até então, os analistas também mantiveram a expectativa de concentração de açúcar total recuperável (ATR) dos canaviais, que deve ficar em 140,7 quilos por tonelada. Com relação ao mix produtivo, a projeção é que cerca de 44,8% da matéria-prima processada seja destinada à produção de açúcar entre abril e março.

“Embora as incertezas acerca do mercado de petróleo possam conferir suporte aos preços domésticos de combustíveis, as fixações de açúcar para exportação se mostram avançadas”, pontua o relatório. Até o momento, mais de 76% da produção se encontra fixada na ICE, em Nova York, contra 86% no ciclo anterior.

Além disso, a perspectiva da StoneX é de que o saldo global da commodity opere com um superavit de 1,1 milhão de toneladas no ciclo internacional corrente (outubro a setembro), de modo que o açúcar bruto negociado em Nova York tenderia a perder atratividade frente ao etanol.

A consultoria acrescenta que o resultado ainda dependerá da conjuntura macroeconômica e das tendências para o consumo de combustíveis no mercado doméstico brasileiro. Diante do desempenho recente e dos preços elevados nas bombas, a StoneX espera uma expansão mais amena da procura por ciclo Otto em 2022/23, quando comparada ao ciclo anterior, sendo projetado um crescimento safra-a-safra de 2%, totalizando 39,1 bilhões de litros.

Quando comparada com a safra 2021/22, onde a participação de mercado do hidratado foi de 25,3%, a estimativa da StoneX para a safra 2022/23 é de que ele apresente um aumento de 4,7 pontos percentuais, atingindo a marca dos 30%. A expectativa se baseia no viés altista para os preços da gasolina, ao passo que a recuperação produtiva no Centro-Sul poderá favorecer a competitividade do biocombustível.

Outro fator importante, segundo os analistas, está nas perspectivas do mercado de petróleo, sobretudo em meio às tensões entre Rússia e Ucrânia. Eles ainda ressaltam o possível avanço das restrições de locomoção impostas pelo governo chinês para conter o avanço da pandemia no país asiático.

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