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São Martinho já processou 8,9 milhões de toneladas na safra 2024/25, alta de 16,6%

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A receita líquida da companhia teve crescimento de  22,3% frente a 1T24, decorrente do melhor desempenho do açúcar, com maiores preços e quantidade, parcialmente compensado por uma retração de preços do etanol

No primeiro trimestre da safra 2024/25 a São Martinho processou cerca de 8,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, uma expansão de 16,6% em relação ao mesmo período da safra 23/24. Segundo a companhia, no relatório de resultados divulgado essa semana, o aumento na moagem se deu pela melhor produtividade dos canaviais, que atingiu uma média de 91,7 t/ha, um crescimento de 11,8% quando comparado ao mesmo período de 2024, quando a companhia atingiu 82 t/ha, e também devido ao melhor aproveitamento de tempo.

“O avanço operacional decorre das iniciativas e investimentos da companhia ao longo dos últimos anos, com impacto positivo na melhor produção, e de uma melhor condição climática, favorecendo o cronograma de moagem no período. O desempenho está alinhado com o Guidance publicado via fato relevante em 17 de junho de 2024”, afirmou a São Martinho em relatório.

Na safra, as operações de cana-de-açúcar produziram aproximadamente 535,4 mil toneladas de açúcar, alta de 26,4% vs. 1T24, e 342,9 mil metros cúbicos de etanol, com crescimento de 14,8%, resultado da melhor produtividade e mix mais
açucareiro no período. O processamento de milho adicionou 50,8 mil m3 de etanol e 31,9 mil toneladas de DDGS.
A operação combinada de cana-de-açúcar e processamento de milho produziu, ao final do 1T25, um total de 1.231,5 mil tons de ATR (+21,2% vs. 1T24), dos quais 1.142,8 mil tons (+20,0%) advindos da moagem de cana-de- açúcar. O ATR médio cresceu 2,8% devido ao clima mais seco no período.

Fonte: São Martinho – Agosto/2024

 

Ao final do 1T25 as fixações de preço de açúcar para a safra 24/25 totalizavam aproximadamente 729 mil toneladas (cerca de 76% do volume de açúcar de cana própria), a um preço de ~R$ 2.454/t. Para safra 25/26 estão fixadas cerca de 179 mil toneladas (aproximadamente 16% do açúcar de cana-própria) a um valor de aproximadamente R$2.436/ton.

“A posição de hedge de açúcar para safra 24/25 e 25/26, com data-base em 30 de junho de 2024, considera tanto a parte fixada em dólares americanos (USD) quanto as posições em aberto em referida data, que justificam este status por fazerem frente à exposição de compra de insumos dolarizados e outras obrigações em moeda estrangeira.
A Companhia utiliza estruturas de hedge (combinações de derivativos) com objetivo de capturar melhores preços de mercado e, na tabela detalhada acima, os preços consideram, de forma conservadora, o exercício pelo valor mínimo da estrutura”, afirmou em relatorio.

Fonte: São Martinho – agosto/2024

Receita líquida teve um crescimento de 22,3%

A receita líquida da São Martinho alcançou R$ 1.655 milhões no 1T25, um crescimento de 22,3% frente a 1T24, decorrente do melhor desempenho do açúcar, com maiores preços (+13,0%) e quantidade (+5,5%), parcialmente compensado por uma retração de preços do etanol (-17,5%), apesar da expansão do volume comercializado do biocombustível (+57,9%).

A receita líquida das vendas de açúcar somou R$ 913,4 milhões no 1T25, um aumento de 19,2% frente a 1T24, decorrente de melhores preços (+13,0%) e maior quantidade (+5,5%) comercializados no período. A receita líquida das vendas de etanol apresentou expansão de 30,2% no 1T25 vis-à-vis 1T24, somando R$ 566,0 milhões, reflexo do maior volume comercializado (+57,9%) parcialmente compensado pela compressão de preços (-17,5%) no período.

No 1T25 foram comercializados, segundo a São Martinho, cerca de 245,0 mil Cbios com preço líquido médio de R$ 56,9/Cbio (líquido de PIS/Cofins, INSS e IR de 15% – retido na fonte). Em 30 de junho de 2024 a São Martinho possuía aproximadamente 38 mil CBIOs emitidos, porém, ainda não comercializados.

A receita líquida de comercialização de energia elétrica somou R$ 73,4 milhões no 1T25, um crescimento de 25,2% em relação ao 1T24, reflexo da combinação de uma maior quantidade comercializada (+31,1%) com preços menores no período (-4,5%). A receita líquida de comercialização de levedura totalizou R$ 20,2 milhões no 1T25, uma expansão de 5,6% visà-vis 1T24, motivado pela combinação de maiores volumes (+2,1%) e preços (+3,4%) no período.

A receita líquida de comercialização de DDGS totalizou R$ 31,2 milhões no 1T25, uma expansão de 19,8% versus 1T24, reflexo de um maior volume comercializado (+23,0% vs. 1T24) parcialmente compensado por um menor preço médio (-2,6%) no período comparativo.

O Resultado Financeiro (Caixa) totalizou uma despesa de R$ 98,6 milhões no 1T25, uma redução de 9,8% frente ao 1T24, reflexo, principalmente, do menor juros de dívida incorrido no período. Considerando as rubricas sem-impacto caixa (e Resultados de Negócios Imobiliários), o resultado financeiro totalizou uma despesa de R$ 328,1 milhões (+104,0% vs. 1T24), reflexo, principalmente, da marcação a mercado dos contratos derivativos de dívidas de longo prazo (SWAP) devido a oscilações em CDI.

Em 30 junho de 2024 a Dívida Líquida da Companhia atingiu R$ 4,0 bilhões, uma expansão de 21,7% frente a 31 de março de 2024. O maior endividamento líquido reflete, principalmente, a alocação de capital no trimestre, investimentos em Capex de Expansão e o depósito judicial do precatório da Copersucar (IAA) referente às parcelas recebidas em 4T24.

O EBITDA Ajustado totalizou R$ 672,3 milhões no 1T25 (+20,7%), com margem EBITDA Ajustado de 40,6%. A performance no trimestre deve-se aos maiores preços de açúcar e maior volume comercializado (ATR vendido), parcialmente compensados por menores preços de etanol. O EBIT Ajustado somou R$ 307,7 milhões (+42,7% vs. 1T24), com margem de 18,6%, no 1T25. Lucro Líquido de R$ 106,3 milhões no 1T25, uma redução de 51,7% comparado ao 1T24 devido, principalmente, ao impacto da marcação a mercado do swap de dívidas e à variação do valor justo do ativo biológico, ambos sem efeito caixa.

O Índice de Alavancagem foi equivalente a 1,27x Dívida Líquida/EBITDA Ajustado LTM ao final do 1T25. Em 30 de junho de 2024 as fixações de preço de açúcar para a safra 24/25 totalizavam ~729 mil toneladas, a um preço de ~R$ 2.454/ton. Para safra 25/26 estão fixadas cerca de 179 mil toneladas a ~R$ 2.436/t.

Investimentos em expansão e modernização cresceram no período

Os investimentos da companhia em  manutenção totalizaram R$ 352,6 milhões no 1T25, um crescimento de 5,4% em relação ao 1T24. De acordo com a São Martinho, a expansão reflete, principalmente, o avanço das atividades de Plantio de Cana e Tratos Culturais sobre o 1T25, em decorrência de um menor período de entressafra.

O Capex dedicado à Melhoria Operacional somou R$ 13,5 milhões no 1T25, uma redução de 55,2% frente a 1T24, reflexo do cronograma de investimentos em reposições de frota agrícola e industrial. Já os investimentos de Expansão e Modernização somaram R$ 143,7 milhões no 1T25 devido, o que mostra uma alta de 193,7% em relação ao mesmo período de 2024. Isso se deu, de acordo com a São Martinho, devido aos investimentos previstos para a safra, incluindo o projeto de Colhedora de 2 linhas na Unidade São Martinho, o projeto de Biometano na Unidade Santa Cruz e a expansão da capacidade de cristalização nas unidades de São Paulo. “Os desembolsos relacionados a tais inciativas mais que compensaram a redução associada à conclusão dos investimentos em Etanol de Milho e UTE”, afirmou a companhia em relatório.

Natália Cherubin para RPAnews

 

 

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