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Sede de empresa de fertilizantes é atingida na Ucrânia
Esta semana, o prédio do escritório internacional da companhia de fertilizantes Yara, localizada em Kiev, na Ucrânia, foi atingido por um míssil durante a invasão do exército russo.
Em texto divulgado, o CEO da gigante dos fertilizantes, Svein Tore Holsether, esclareceu que nenhum funcionário morreu, mas a situação é precária e o fornecimento de insumos será afetado pelo conflito.
“Nossos pensamentos vão para todos os afetados – especialmente nossos colegas em terra na Ucrânia e nossos colegas ucranianos em outros lugares com familiares e amigos na zona de guerra. A Yara pede que esta guerra chegue ao fim – e que a Ucrânia continue como uma nação independente, livre e democrática”, afirmou Holsether.
Ainda de acordo com o CEO da companhia, os agricultores agora estão ingressando em um estágio crucial da estação de plantio na qual fertilizantes, sementes e água determinam o sucesso da futura colheita. “Os cálculos mais extremos indicam que se fertilizante não for adicionado ao solo, a safra pode ser reduzida em 50%”, disse.
A perspectiva, de acordo com ele, é que os preços dos fertilizantes aumentem mais ainda. Com 11 milhões de t/ano, o Brasil é o segundo maior importador de potássio no mundo, sendo que compra 84% do Canadá, Rússia e Belarus – país aliado dos russos. Os preços do cloreto de potássio no mercado doméstico brasileiro já haviam alcançado US$ 825/t em novembro de 2021, e agora o País passa a depender exclusivamente das importações do Canadá.
Empresa continua comprando matérias-primas da Rússia
A Yara, por meio de nota, havia afirmou que está adquirindo uma quantidade considerável de matérias-primas essenciais da Rússia usadas para a produção de alimentos em todo o mundo, mas que as condições geopolíticas desequilibradas podem fazer com que o mercado fique sujeito a limitações e, segundo a empresa, não há alternativas de curto prazo.
“Embora possamos optar por adiar o consumo da maioria dos produtos e serviços, a alimentação é um bem essencial. Uma consequência potencial é que apenas a parte mais privilegiada da população mundial tenha acesso a alimentos suficientes”, afirmou a empresa em comunicado, destacando os potenciais da Rússia e da Ucrânia nos setores agrícola e de fornecimento de nutrientes.
A empresa ainda disse ser crucial que a comunidade internacional se reúna e trabalhe para garantir a produção mundial de alimentos e reduzir a dependência da Rússia. “Isso constitui um dilema difícil entre continuar abastecendo-se da Rússia a curto prazo ou cortar a Rússia das cadeias alimentares internacionais. A última opção pode ter consequências sociais consideráveis. Essas considerações não devem ser feitas por empresas individuais, mas precisam ser feitas por autoridades nacionais e internacionais”, afirmou a Yara.
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