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Setor sucroenergético: em 2023 a atenção na gestão de risco deve ser redobrada

Foto/Imagem Ilustrativa - Indústria Canavieira
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O ano de 2023 deverá demandar atenção redobrada na gestão de risco, na redução de custos fixos e nas margens que prometem ser reduzidas. O volume de contratos negociados na bolsa de NY por dois anos seguidos tem estado de 16% e 19% abaixo do volume médio negociado no triênio 2018-2020. Essa “extraordinária” queda, segundo a consultoria Archer Consulting, indica menor giro das tradings e consequentemente menor ajuste do Trading book.

De acordo com Arnaldo Luiz Corrêa, diretor d Archer Consulting, isso normalmente reflete no binômio a) maior necessidade de capital de giro para mantem a máquina rodando e b) seletividade na escolha do parceiro comercial, que por sua vez implica na redução de margem considerando que mais competidores estarão disputando os melhores clientes.

A alternativa a essa estratégia, segundo o analista, é aumentar o risco ou buscar mais dinheiro no mercado para recompor a perda de receita devido ao menor giro. Os principais players, com certeza, serão mais seletivos. “E, como num processo Darwiniano, a seleção natural vai impor duros reveses àquelas empresas que estão no último quartil de seu segmento, aquelas que estão basicamente respirando por aparelhos. O processo de consolidação no setor está apenas começando e vai levar uma década, pelo menos”, disse.

Ainda de acordo com ele, as empresas sem governança, sem estratégia, sem profissionalismo, iludidas ao suporem que podem navegar em mares revoltos sem foco, sem bússola, sem disciplina e sem conhecimento, vão jogar o barco contra as rochas. “Se não se afogarem, vão pedir ajuda aos pajés de plantão que vendem conselhos em troca de poções mágicas com gosto amargo e preços idem. E o ciclo se encerra”, afirmou.

Neste sentido, será necessário impor maior agilidade ao processo decisório dentro da empresa, em especial na área comercial, segundo Corrêa.

“Tenho visto diuturnamente empresas de várias commodities perderem oportunidades de ouro no mercado futuro e de opções, seja na fixação da matéria-prima ou na fixação de venda, no aproveitamento de distorções via spreads, nas arbitragens, entre outras, porque a operação ‘precisa do aval’ do Conselho ou de seja lá de qual alçada. Inacreditável que isso ainda ocorra. Todos precisam ter a consciência de que o mercado não espera a gente voltar do almoço. Uma boa oportunidade perdida pode custar o ano comercial. Capacitar pessoas é o nome do jogo e para isso, não pode haver corte de custos”, disse Corrêa.

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