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Sindaçúcar-PE leva pleito ao Governo para apoiar uso do etanol em Pernambuco

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Mato Grosso é o 2º estado com o menor preço médio de venda do etanol do Brasil, mesmo com as últimas altas no valor desse combustível.

A Sindaçúcar-PE (Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco) se reuniu com o Governo do Estado de Pernambuco para uma campanha que tem como objetivo valorizar e incentivar o uso do etanol por parte dos consumidores.

A reunião foi realizada entre o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha; o presidente da Datagro, Plínio Nastari; e o deputado estadual Antônio Moraes (PP), nesta quinta-feira (25), com o secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça.

Durante a reunião, Renato Cunha lembrou ao secretário da Lei estadual nº 17.026, de agosto de 2020, que cria uma campanha de valorização do etanol, prevendo, por exemplo, colocação de cartazes em postos de combustíveis que expliquem ao consumidor as vantagens do uso do etanol.

De acordo com presidente do Sindaçúcar, é importante que se estabeleça certos estímulos por parte do Governo do Estado, proporcionando maiores incentivos para o consumo do etanol hidratado, que tem sofrido alterações para menor por conta das políticas imprevisíveis e regulatórias do Governo Federal, com alterações dos tributos em relação à gasolina, principalmente a partir de 2022.

Em Pernambuco, de acordo com Cunha, a participação do etanol na matriz energética foi reduzida nos últimos dois anos com relação à gasolina. “O etanol representava 40,48%, em 2021, do consumo de combustíveis veiculares em Pernambuco. Caiu para 37,15%, em 2022; e para 34,40%, em 2023. Foram anos que houve alterações adotadas pelo Governo Federal, inclusive na questão até estadual, como em Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e outras de competitividade com a gasolina. Há algum fenômeno que é preciso ser corrigido”, explicou.

Além da efetiva contribuição para o meio ambiente, Túlio Vilaça ouviu dos interlocutores outras vantagens que o biocombustível oferece, inclusive em nível estadual, como a geração de emprego e renda na produção e a interiorização do desenvolvimento, já que as usinas ficam nos municípios do interior, beneficiando diretamente mais de 60 deles. “Estamos tentando reposicionar e colocar o etanol no seu patamar

Nastari destacou que o etanol, por queimar mais frio e não gerar carbono, preserva a vida útil do motor e ao mesmo tempo “não emite material particulado, substitui aromáticos cancerígenos, gera arrecadação no Estado por meio de tributos”, já que é produzido aqui. Ainda de acordo com o consultor, a mistura de álcool na gasolina está fazendo com que o preço da gasolina misturada com álcool na bomba seja 7,3% menor do que se não tivesse mistura.

“O álcool anidro está permitindo reduzir o preço do combustível ao consumidor, não só o puro, mas o que é misturado na gasolina, também, porque a gasolina é mais cara que o etanol. O consumidor precisa saber disso. O etanol é bem mais barato que a gasolina pura vendida nas refinarias”, acrescentou.

Ao final da reunião, o secretário Túlio Vilaça disse que vai tratar do tema no ambiente do governo e apoiar iniciativas e campanhas que prestigiem o biocombustível. O etanol, por ser mais sustentável e versátil, principalmente comparado à gasolina, assumiu um papel fundamental na transição energética para um modelo de economia global de baixo carbono e menor impacto ambiental.

Para se ter uma ideia, o biocombustível produzido por meio da cana-de-açúcar emite, em média, 80% menos de gases de efeito estufa (GEE) – como dióxido de carbono, gás metano e óxido nitroso –, quando comparado à gasolina. “O produto etanol é valorizado no mundo todo, inclusive na União Europeia, onde há a lei da ‘directiva’ de energia, que estimula o uso do biocombustível”, disse Renato Cunha.

de origem ou até aumentar, porque é um combustível que promove bônus e não ônus ao meio ambiente”, afirmou Renato.

Plinio Nastari disse que, embora o etanol seja mais vantajoso do que a gasolina em vários aspectos, o consumo ainda está muito a quem do potencial. “A gente acredita que isso carece de um esclarecimento, de um processo de educação do consumidor para ele saber a importância que o etanol tem nesses aspectos todos de desenvolvimento, de meio ambiente, de saúde e sem prejudicar em nada a performance do motor do veículo”, afirmou.

Informações da Folha PE/Carlos André Carvalho
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