Home Últimas Notícias Tarifaço de Trump deve impactar setor pernambucano de cana-de-açúcar, diz Sindaçúcar-PE
Últimas Notícias

Tarifaço de Trump deve impactar setor pernambucano de cana-de-açúcar, diz Sindaçúcar-PE

DCIM100MEDIADJI_0036.JPG
Compartilhar

Tarifa de 50% pode desestabilizar planejamento das exportações do estado, que teve os Estados Unidos como segundo maior comprador em 2024

O “tarifaço” de Donald Trump ao Brasil pode afetar a indústria pernambucana de produtos como a cana-de-açúcar, uvas frescas e torres e pórticos de aço. Na quarta-feira, 9, o presidente dos Estados Unidos impôs tarifa comercial de 50% a todos os produtos brasileiros enviados ao país norte-americano, a partir de 1º de agosto.

Em 2024, Pernambuco exportou US$ 2,1 bilhões (equivalente a R$ 13,4 bilhões na cotação da época) para 139 países. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar entre os principais compradores dos produtos pernambucanos, atrás apenas da Argentina e à frente do México.

Os principais produtos exportados por Pernambuco, por sua vez, incluem açúcar (R$ 327,91 milhões), uvas frescas (R$ 190,89 mi) e torres e pórticos (R$ 116,64 mi), que são estruturas de aço.

O Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE) já avalia os reflexos que a decisão americana pode trazer para a região. O presidente da entidade, Renato Cunha, disse que vê com apreensão a taxação. De acordo com Cunha, a medida do governo norte-americano pode desestabilizar o planejamento das exportações de Pernambuco.

“É uma quebra de contrato; a gente vive de previsibilidade. De uma certa forma você está quebrando o costume e a performance, os pedidos que são feitos anualmente e que estão incorporados ao dia a dia das usinas, com impactos nos plantadores de cana”, afirmou.

Representantes da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) se reuniram nesta quinta-feira para discutir estratégias que possam amenizar os possíveis prejuízos. O gerente de política industrial da Fiepe, Maurício Laranjeira, acredita que os impactos poderão acontecer em uma reação em cadeia, da indústria até o consumidor final.

“Pernambuco é um estado muito mais importador do que exportador, mas a exportação também faz parte da nossa indústria e a gente está acompanhando quais setores vão ser mais afetados e acompanhando também todos esses passos que estão sendo dados pelo governo federal com relação à mediação e negociação”, disse

Ele ainda acrescentou: “As indústrias vão começar a rever a sua linha de produção, a capacidade de produção que eles têm, a quantidade de pessoas empregadas, investimentos futuros”.

G1/Carvalho

Compartilhar
Artigo Relacionado
Últimas Notícias

Polícia suspeita que etanol batizado com metanol foi usado em bebidas adulteradas

Segundo delegado do DPPC, porcentagem alta de metanol em amostras, de até...

Últimas Notícias

Tereos vai investir para irrigar 20% de seus canaviais e deixa de lado aposta no biogás

Objetivo é ter um seguro contra a escassez de chuvas que tem...

Setor sucroenergético seleção natural
Últimas Notícias

Com açúcar em baixa, usinas de cana “viram a chave” para o etanol

Embora faltem dois meses para o fim da moagem da safra, agentes...

Últimas Notícias

Biometano: produção deve triplicar até 2027, segundo a Copersucar

Um estudo da Copersucar aponta que o Brasil vive um ponto de...