Os preços do açúcar recuaram pelo segundo dia na sexta-feira, à medida que os receios de uma guerra comercial global provocaram uma derrota nos mercados acionistas globais e desencadearam um sentimento de aversão ao risco nos mercados de ativos, reduzindo os preços do açúcar.
Além disso, a queda de 7% do petróleo bruto WTI na sexta-feira, para o mínimo de 4 anos, pesou sobre os preços do açúcar. A fraqueza nos preços do petróleo bruto subcota os preços do etanol, o que pode levar as usinas de açúcar do mundo a desviar mais moagem de cana para a produção de açúcar em vez de etanol, aumentando assim a oferta de açúcar.
Na ICE, o contrato de açúcar bruto com vencimento em maio caiu 0,27 centavo de dólar, ou 1,4%, indo a 18,84 centavos de dólar por libra-peso, após ter fechado em queda de 2,5% na quinta-feira. Já o contrato de açúcar branco para maio caiu 1%, a US$ 538,30 por tonelada, tendo perdido 1,6% na sessão anterior.
A fraqueza do real brasileiro também contribuiu para o impulso de baixa dos preços do açúcar na sexta-feira. O real caiu para uma baixa de 3 semanas em relação ao dólar na sexta-feira, incentivando as vendas de exportação dos produtores de açúcar do Brasil.
As tarifas impostas por Trump, na quarta-feira, provocou uma liquidação mundial nos mercados acionários, já que nações como o Canadá e a China prepararam uma retaliação. Segundo o Rabobank, após essa medida, muitos fluxos comerciais dos produtores mais afetados agora entrarão em um labirinto para encontrar demanda em outros países.
Com informações da Barchart e Reuters