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Agrícola

Usina Caeté muda espaçamento e aumenta 15 toneladas a mais de cana

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A Usina Caeté, localizada em São Miguel dos campos, AL, que sempre fez uso do espaçamento duplo ou chamado na região de “abacaxi”, resolveu virar a chave para o plantio de cana em espaçamento simples (1,5m x 1,5 m)e observou ganhos de produtividade.

Segundo o superintendente Agroindustrial das Unidades do Nordeste da Usina Caeté, Mário Sérgio, em observação sobre as produtividades atingidas no Centro-Sul mesmo em canaviais de sequeiro, onde o espaçamento simples é comum, a companhia resolveu mudar, em 2021, o seu espaçamento em cerca de 700 hectares.

“Se  pegarmos qualquer senso ou qualquer centro de pesquisa que possa gerar esse comparativo entre unidades produtoras do Brasil, [é possível ver que todas as unidades produtoras que atingem acima de três dígitos, ou acima de 100 t/ha, são usinas de espaçamento 1,5 por 1,5. Quando viemos para a nossas condições, onde temos alta luminosidade, evapotranspiração altíssimas com solos não muito favoráveis, e você trabalha com espaçamento de 0,50 m X 1,5 m, não tem como esse canavial não competir em umidade e nutrição”, explicou o superintendente Agroindustrial da Caeté.

Nas áreas com o novo espaçamento, a Usina Caeté observou um ganho de produtividade de 15 toneladas a mais, se comparado com espaçamento abacaxi.  “Com o espaçamento maior, o canavial tem mais produtividade e menos desperdício no índice populacional. O sistema abacaxi foi implementado para atender ao sistema de irrigação por gotejamento de cana em Alagoas”, explica Mário Sérgio.

No espaçamento 0,50 por 1,50 m tem-se 10 mil metros lineares de cana-de-açúcar. Isso, em áreas de sequeiro, acaba causando concorrência por umidade e nutrição. “Quando entro com a mecanização, nesse espaçamento, causo arranquio considerável de soqueira, perdendo a produtividade exponencial desse canavial”, disse.

Já no espaçamento 1,5X1,5 m, de acordo com ele, seriam 6.666 metros lineares de planta, ou seja, menos concorrência. “O  método foi implementado, além disso, reduz a quantidade de mudas usadas no plantio, se comparado ao espaçamento abacaxi. “Consumimos em torno de 6 toneladas de muda por hectare com esse espaçamento. No sistema abacaxi, gastávamos em torno de 10 t por hectare, ou seja, temos uma economia de 4 toneladas. Imagina em uma escala comercial”, disse o superintendente Agroindustrial da Usina Caeté.

Tanto a época de plantio quanto as variedades implementadas no espaçamento de 1,5 m são as mesmas. “Tivemos o cuidado de fazer o plantio comparando com essas mesma condição  de mesma variedade, mesmo ambiente de produção, assim como no espaçamento abacaxi”, disse.

Natália Cherubin com informações de Alagoas Rural

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